A cotação do dólar é estipulada pela relação entre o mercado, composto pelas pessoas físicas, empresas, instituições financeiras e governos, e o regime cambial de cada país — conjunto de regras determinado pela autoridade monetária de cada país que estipula como a troca de moedas vai acontecer.
Os principais fatores que afetam o preço do dólar no dia a dia são notícias sobre política fiscal e monetária do Brasil, dinâmica de entrada e saída de moeda estrangeira (fluxo estrangeiro) e a perspectivas de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Essas trocas de moedas acontecem no mercado de câmbio. Nele, turistas, comerciantes, empresas e instituições financeiras compram e vendem moeda estrangeira (divisas) sob a regulação e supervisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central (BC).
Alta do dólar está sendo pressionada pela descrença do mercado sobre a efetividade que o pacote de corte de gastos teria sobre as contas públicas, fazendo com que intervenções no câmbio, feitas pelo Banco Central (BC), sejam inefetivas de acordo com economistas consultados pela CNN.
Por isso, a explicação mais simples para a variação do dólar é justamente a oferta e demanda do mercado. Ou seja: quando sobra dólar no mercado, a cotação fica mais baixa. Quando tem mais gente comprando dólar, a cotação sobe.
COMO FUNCIONA A COTAÇÃO DO DÓLAR? ENTENDA EM 5 MINUTOS
Quem determina o valor do câmbio?
Ou seja, o que determina a taxa de câmbio é a oferta e procura. Em momentos que o dólar é muito procurado, seu preço aumenta, ou seja, a cotação do dólar sobe contra outras moedas que tenham menor demanda.
Entre os fatores mais importantes está a lei de oferta e demanda. Se houver uma grande procura por dólar e uma baixa oferta no país, o preço da moeda sobe.
Desde 1999, o Brasil opera pelo regime de câmbio flutuante. Na teoria, isso significa que o preço do dólar é muito mais determinado por fatores de mercado, sem tanta influência direta do Banco Central.
Qual foi a maior alta do dólar no governo Bolsonaro?
O pico histórico do dólar no Brasil ocorreu em 14 de maio de 2020, quando a moeda americana chegou a R$ 5,9372. Esse recorde refletiu o auge da crise causada pela pandemia da Covid-19.
O Conselho Monetário Nacional (CMN ) é o responsável pela regulamentação do mercado de câmbio, cabendo ao BC monitorar e garantir o funcionamento regular do mercado e o cumprimento da regulamentação.
Além de poder proporcionar uma rentabilidade maior em relação ao real, quem decide guardar dinheiro em dólar também tem a possibilidade de uma maior proteção da própria reserva. Em um cenário de estabilidade, o dólar tende a apresentar uma variação pequena ao longo do tempo.
O Wells Fargo afirma, em relatório enviado a clientes, que acredita que o dólar pode atingir R$ 7,00 até o primeiro trimestre de 2026 em um cenário global de fortalecimento da moeda americana e de perda de confiança na credibilidade fiscal do Brasil.
O Banco Central, além de ser o órgão responsável pela aplicação do regime cambial, também tem a atribuição de fiscalizar o mercado de câmbio, com o dever de calcular a média dos preços do dólar no mercado todos os dias e divulgar a Ptax — a taxa de câmbio oficial da moeda americana.
O dólar, por se tratar de uma moeda usada como padrão em contratos internacionais, acaba tendo muito mais oferta no mercado que o euro. Além disso, o câmbio americano é usado como reserva internacional em bancos centrais de todo o mundo.
Real é pior moeda do mundo neste ano; veja ranking de desvalorização. Das 20 principais moedas no mundo, o real foi a que mais se desvalorizou perante o dólar. Em 2024, apenas três das vinte divisas mais negociadas não caíram em comparação com o dólar.
Internamente, foi o pior desempenho do Real desde 2020 e o terceiro mais expressivo desde 2010, ficando atrás apenas das quedas de 31,98% em 2015, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), e de 22,44% em 2020, no auge da pandemia de Covid-19 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A desvalorização do real teve reflexos diretos na economia brasileira, especialmente na inflação. Como o Brasil é altamente dependente de importações de insumos e commodities precificadas em dólar, a alta do câmbio aumentou os custos de produção e pressionou os preços ao consumidor.
No caso do Brasil, o país vive sob o regime do câmbio flutuante. Desse modo, o preço do dólar é determinado pela oferta e demanda do mercado, com os agentes financeiros — bancos e corretoras — atuando no processo de compra e venda da moeda estrangeira e, consequentemente, regulando o seu valor.
A perda da capacidade de ajustar a oferta de moeda e a taxa de juros de acordo com as necessidades econômicas do país é uma das limitações mais notáveis na dolarização.
A taxa de câmbio de qualquer país se define pela lei da oferta e demanda. Isso significa que a quantidade de pessoas comprando reais e vendendo dólares ou comprando dólares e vendendo reais vai determinar se o valor do dólar sobe ou desce.
O real vem sofrendo uma grande desvalorização perante o dólar e o euro. Um dos motivos são os cenários político e econômico. A situação conturbada e os ajustes nas contas fiscais públicas do país causam uma alta do dólar.
As alterações nas metas fiscais, que reacenderam temores sobre a sustentabilidade das contas públicas, são um dos principais fatores que impulsionaram o dólar", explica Khatib. Juros nos Estados Unidos impactam economia brasileira.