O Banco Central pode controlar o câmbio? Assim como empresas, investidores e consumidores, os governos também estão sujeitos aos riscos da variação cambial. O Banco Central pode agir nesse sentido para amortecer as oscilações do câmbio em relação à moeda local.
A cotação do dólar é estipulada pela relação entre o mercado, composto pelas pessoas físicas, empresas, instituições financeiras e governos, e o regime cambial de cada país — conjunto de regras determinado pela autoridade monetária de cada país que estipula como a troca de moedas vai acontecer.
Essas trocas de moedas acontecem no mercado de câmbio. Nele, turistas, comerciantes, empresas e instituições financeiras compram e vendem moeda estrangeira (divisas) sob a regulação e supervisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central (BC).
Desde 1999, o Brasil opera pelo regime de câmbio flutuante. Na teoria, isso significa que o preço do dólar é muito mais determinado por fatores de mercado, sem tanta influência direta do Banco Central.
Alta do dólar está sendo pressionada pela descrença do mercado sobre a efetividade que o pacote de corte de gastos teria sobre as contas públicas, fazendo com que intervenções no câmbio, feitas pelo Banco Central (BC), sejam inefetivas de acordo com economistas consultados pela CNN.
COMO FUNCIONA A COTAÇÃO DO DÓLAR? ENTENDA EM 5 MINUTOS
Quem controla o preço do dólar no Brasil?
O Banco Central pode agir nesse sentido para amortecer as oscilações do câmbio em relação à moeda local. No Brasil, o BC brasileiro faz operações diárias de swap cambial, no intuito de proteger o real de variações excessivas do dólar e promover liquidez no mercado cambial.
É aquele negociado por empresas ou instituições financeiras e usado nas compras e vendas que acontecem no mercado internacional. Ele costuma ser mais barato justamente pelo volume das transações: como empresas ou instituições movimentam grandes quantias, o preço do dólar fica menor.
O que ele faz é garantir o funcionamento adequado desse mercado, reduzindo a volatilidade excessiva, evitando restrições de liquidez e garantindo mecanismos de proteção ao mercado.
Dólar atinge R$5,76 por falta de cortes de gastos; Mercado reage negativamente. O dólar atinge R$5,76, maior valor desde 2021, devido à falta de anúncio de cortes de gastos pelo governo. Mercado reage negativamente, com alta do dólar, juros futuros e queda na Bolsa.
"O Banco Central compra esses dólares do sistema bancário e assim se formam as reservas", explica André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online. Mais da metade das reservas vêm de dólares. Mas há também a participação de outras moedas, como euro e yuans.
O Conselho Monetário Nacional (CMN ) é o responsável pela regulamentação do mercado de câmbio, cabendo ao BC monitorar e garantir o funcionamento regular do mercado e o cumprimento da regulamentação.
Agora você deve estar se perguntando: o que influencia o dólar? Entre os fatores mais importantes está a lei de oferta e demanda. Se houver uma grande procura por dólar e uma baixa oferta no país, o preço da moeda sobe. O contrário também é verdadeiro: se há muita oferta de dólares, o valor tende a cair.
O dólar, por se tratar de uma moeda usada como padrão em contratos internacionais, acaba tendo muito mais oferta no mercado que o euro. Além disso, o câmbio americano é usado como reserva internacional em bancos centrais de todo o mundo.
A moeda é dividida em 100 partes. Então US$ 1,00 equivale a 100 centavos de dólar. É importante lembrar que sua emissão é controlada pelo Federal Reserve Board, a reserva federal norte-americana.
A taxa de câmbio de referência do real por dólares americanos mais utilizada no mercado cambial brasileiro é a Ptax, publicada pelo Banco Central do Brasil (BCB).
A adoção do dólar eliminaria a capacidade do Brasil de emitir sua própria moeda. Isso pode afetar a flexibilidade do governo para financiar suas operações e programas, pois não pode simplesmente imprimir dinheiro para cobrir déficits orçamentários.
As alterações nas metas fiscais, que reacenderam temores sobre a sustentabilidade das contas públicas, são um dos principais fatores que impulsionaram o dólar", explica Khatib. Juros nos Estados Unidos impactam economia brasileira.
DOLÁR • O governo federal anunciou que controlar a alta do dólar é uma prioridade neste início deste ano. A decisão foi discutida durante a primeira reunião de 2025 entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ou seja, o que determina a taxa de câmbio é a oferta e procura. Em momentos que o dólar é muito procurado, seu preço aumenta, ou seja, a cotação do dólar sobe contra outras moedas que tenham menor demanda.
O Wells Fargo afirma, em relatório enviado a clientes, que acredita que o dólar pode atingir R$ 7,00 até o primeiro trimestre de 2026 em um cenário global de fortalecimento da moeda americana e de perda de confiança na credibilidade fiscal do Brasil.
A alta do dólar provoca aumento generalizado de preços e prejudica o combate à inflação — que tem sido uma das principais preocupações do governo e do mercado esse ano.
“Os setores positivamente impactados por um dólar mais forte são agricultura, mineração, papel e a celulosa, uma vez que essas indústrias geram receitas em dólares através das exportações. Por sua vez, setores como o de automóvel e o farmacêutico são afetados negativamente.