A Cabana onde Euclides Da Cunha Escreveu “Os Sertões”, em São José do Rio Pardo-SP, foi tombada por sua importância cultural. Descrição: Euclides da Cunha nasceu em 1856, na Fazenda Saudade, em Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro.
Os Sertões seria escrito ao longo de cinco anos, de 1897 a 1902. "E, sim, se pode dizer que foi um pioneiro livro-reportagem porque tem muito de um livro que procura ser mais do que literatura, procura ser um livro de não-ficção.
Sua principal publicação, Os sertões, é considerada referência no cânone literário brasileiro, por ficcionalizar importantes elementos de nossa cultura, exibindo aflitivos problemas sociais da nação, bem como uma poderosa narrativa do conflito histórico da Guerra de Canudos.
Neste sentido, Os sertões busca descrever o terreno: o sertão, o deserto brasileiro e investigar suas origens. Faz a mesma coisa com o sertanejo: descrição e análise. Para, então, se dedicar à Campanha de Canudos. Esse percurso dá os nomes às três partes da obra: “A terra”, “O homem" e "A luta”.
Fomos conhecer o local onde Euclides da Cunha escreveu a maior parte do livro “Os sertões”
Como Euclides da Cunha descreve o sertanejo em "Os Sertões"?
"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
Qual a relação de Euclides da Cunha com a Guerra de Canudos?
Euclides da Cunha interpretou a guerra de Canudos a partir de fontes orais, como os poemas populares e as profecias religiosas, encontrados em papéis e cadernos nas ruínas da comunidade.
Qual o contexto histórico da obra Os Sertões de Euclides da Cunha?
Os sertões é um romance de caráter jornalístico que relata fatos referentes à Guerra de Canudos, ocorrida no final do século XIX. O conflito aconteceu no interior da Bahia, entre 1896 e 1897.
Os Sertões [ver Antologia],obra monumental de Euclides da Cunha, dá início ao que se chama de Pré-Modernismo na literatura brasileira, revelando, às vezes com crueldade e certo pessimismo, o contraste cultural nos dois "Brasis": o do sertão e o do litoral.
Quais foram as revelações que Euclides da Cunha buscou fazer em sua obra Os Sertões?
Euclides analisava criticamente a ação militar em Canudos, e o fato de o livro ter sido publicado em 1902, cinco anos após a tragédia de Canudos, vinha reavivar no Exército brasileiro uma lembrança bastante indesejada. Tinha ficado visível perante a opinião pública o desgaste dessa ação militar.
Dessa forma, o livro é dividido em três partes: “A terra”, em que a flora, relevo e clima do sertão nordestino são descritos; “O homem”, em que se descreve o sertanejo a partir de uma visão determinista, atrelada ao naturalismo; e “A luta”, quando o narrador relata, em detalhes, a Guerra de Canudos.
Em oposição, Euclides era nacionalista e defendia que o Estado fosse protagonista no desenvolvimento político e econômico da Amazônia e que a região deveria ser ocupada sistematicamente por brasileiros, inclusive pelos seringueiros que vinham de outros Estados brasileiros e que, em sua visão, poderiam se fixar na ...
Teve caráter messiânico, por conta das pregações do beato, mas envolvia a luta contra a fome, a miséria e a seca nordestina, região desassistida pelo governo federal, que passava, naquele momento, pela transição da monarquia para a república.
"É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados.
Como Euclides da Cunha caracterizou o vaqueiro nordestino?
Assim como as definições para os sertanejos em que Euclides da Cunha destaca em Os Sertões, o vaqueiro como sendo um desses sertanejos, também é descrito como uma figura dúbia.
Acerca da conclusão, destaca-se que “Os Sertões” demonstra uma consciência crítica, um regionalismo vigoroso e denunciador da realidade brasileira marginalizada, que o faz um espelho de Canudos, da terra e do sertanejo.
É durante essa viagem que o autor escreve as primeiras notas de sua obra-prima “Os Sertões” (1902), considerado o primeiro romance-reportagem da literatura brasileira.
A forma como o autor vê o sertanejo é contraditória. Ele tem uma forte influência do naturalismo, uma vez que é determinista: acredita que o ser humano é fruto do meio em que vive. Ele não culpa a degradação do indivíduo em meio à miséria que assolava o sertão nordestino.
Significa filho de Eucles e indica uma pessoa emotiva e muito amorosa, que cativa com sua simpatia todos os que a rodeiam. Adora passar horas e mais horas com os amigos, conversando.
Euclides enuncia isso geometricamente assim: “se um segmento de reta é dividido em dois, o quadrado construído sobre o segmento inteiro é igual aos quadrados construídos sobre os segmentos parciais e duas vezes o retângulo construído com estes segmentos”.