Embora a Bíblia não mencione explicitamente o purgatório, passagens como 2 Macabeus 12:46 e 1 Coríntios 3:13-15 são interpretadas como evidências de um processo de purificação após a morte, enfatizando a oração pelos mortos.
Por que os evangélicos não acreditam em purgatório?
Para ele, o purgatório vai contra a fundação do próprio protestantismo, pois nega a doutrina bíblica da justificação somente pela fé. “De acordo com a Bíblia, somos salvos de nossos pecados por confiar em Jesus Cristo como nosso Salvador.
Diz o livro do Apocalipse (21,27) que, no céu, na “cidade santa”, na “nova Jerusalém (…) não entrará nada de impuro”. É aqui que reside o lugar teológico do purgatório.
Até então, o purgatório era compreendido como um processo de salvação espiritual que fugia do que era normalmente convencionado pela Igreja. Segundo a pesquisa de alguns historiadores, a ideia de que o purgatório fosse um “lugar à parte” somente tomou forma entre os séculos XII e XIII.
A Igreja Católica descreve o purgatório como um estado de purificação que envolve sofrimento espiritual, mas também esperança. A intensidade e a duração desse sofrimento não são especificadas oficialmente, mas acredita-se que estejam relacionadas à gravidade dos pecados e à necessidade de reparação.
A Igreja ensina que o purgatório é um processo de purificação pelo qual as almas passam para se prepararem para a plena união com Deus no Céu. Essa compreensão enfoca a natureza espiritual da experiência no purgatório, onde as almas são purificadas de suas imperfeições antes de entrarem na presença divina.
“Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (CIC, §1030).
“Eles não são punidos, aqueles que se arrependem obtêm o perdão de Deus e vão entre as fileiras das almas que o contemplam”, afirmou o padre em aspas reproduzidas pelo jornal britânico. “Mas aqueles que não se arrependem e, portanto, não podem ser perdoados, desaparecem.”
01 – As Penas do Purgatório — Santo Tomás de Aquino
Santo Tomás de Aquino compara as penas do Purgatório com as do inferno, enfatizando que, no Purgatório, o sofrimento das almas é temporário e orientado para a purificação, ao passo que o do inferno é eterno e sem esperança de redenção.
E há um lugar além do céu e do inferno onde se pode sofrer por meio do fogo após a morte e ainda ser salvo. Una todos esses princípios e você terá, em essência, a descrição do ensinamento católico a respeito do Purgatório. Conclusão: o Purgatório está na Bíblia.
Três anos, três meses e quinze dias. Assim, um bom cristão que vigia a si mesmo, que se aplica na prática da penitência e das boas obras, encontra-se sujeito a três anos, três meses e quinze dias de Purgatório.
36 Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disso é de procedência maligna. 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
27 E como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo, 28 Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.
Mateus 12:31-32 - Portanto, eu lhes digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem será perdoado; mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era, nem na era futura.
Alguns biblistas percebem a confirmação do purgatório nas palavras de Jesus em Mateus 5, 25-26: “Põe-te depressa de acordo com o teu adversário, enquanto estás ainda em caminho (da vida) com ele; a fim de que teu adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão.
Foi no Concílio de Florença e de Trento que se desenvolveu a fé no purgatório. Na Bíblia, há algumas passagens que falam desse fogo que purifica (I Cor 3,15; I Pd 1,7). O segundo livro do Macabeus 12,46 fala de Judas, que ofereceu sacrifícios em expiação dos pecados de falecidos.
Já as pessoas que não haviam sido totalmente boas passariam por uma purgação para, possivelmente, alcançar o paraíso. Naquele tempo, o purgatório não era um lugar, mas uma ideologia de salvação. A imagem dele como um "além" intermediário só se originou na cristandade entre 1150 e 1250.
Em suma, a Igreja diz duas coisas sobre o Purgatório: “As almas dos justos que no instante da morte ainda estão marcadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão para o Purgatório” [1]; “Os fiéis vivos podem ajudar as almas do Purgatório por meio de suas intercessões (sufrágios)” [2].
Todas as almas que estão no Purgatório já estão salvas para sempre: de lá, só há uma porta de saída, que é para o Céu. Mais cedo ou mais tarde, portanto, todas as almas do Purgatório irão para o Céu; e aqui está o que depende de nós, da nossa caridade e das nossas orações.
Por cada pecado mortal perdoado, uma alma precisaria passar, em média, por sete anos no Purgatório. Conheça esta e outras revelações recebidas por duas místicas da Igreja Católica.