24), “a virgem dos lábios de mel”. Portanto, percebe-se que o nome não é por acaso, foi dado porque “Iracema em guarani significa 'lábios de mel', de ira (mel) e tembe (lábios).
Em tupi, o termo “iracema” que significa “saída de mel, saída de abelhas”. É, também, um anagrama da palavra América. Na obra, José de Alencar explica que a palavra significa “lábios de mel” em tupi, o que acabou sendo desacreditado por especialistas da língua.
Em guarani, significa “lábios de mel”. Em tupi, “saída de mel”. Foi uma criação do escritor José de Alencar para dar nome à personagem-título de seu romance.
Revela uma grande capacidade para saber estar no seu lugar. É próprio de pessoas que, mesmo nos momentos difíceis, sabem manter as aparências. Consideram a vida como um lugar de passagem e mostram, geralmente, um temperamento agradável.
Iracema descobrindo o Brasil | Cultura Indígena com Luara Ianauê | Tupi
Qual é a origem de Iracema?
Iracema pertence ao povo tabajara e é a filha virgem do pajé. Martim é aliado dos pitiguaras, inimigos dos tabajaras, e está perdido em território inimigo. O encontro entre os dois dá início a um romance que serve de lenda para contar o surgimento do Estado do Ceará.
Um anagrama é uma palavra ou frase formada pela permutação das letras de outra palavra ou frase. Um exemplo é o nome da personagem Iracema, anagrama de America, no romance de Jos de Alencar.
Iracema representa a indígena submissa à cultura europeia, e seu nome é um anagrama para América. Martim, por sua vez, representa o guerreiro colonizador e conquistador.
Martim é duplamente proibido para Iracema: primeiro, porque ela é consagrada a Tupã e deve permanecer virgem; segundo, porque ele é um inimigo de sua gente. Mas a força do amor é irresistível e Iracema se apaixona pelo inimigo e, por ele, abandona sua tribo e o acompanha.
A protagonista chama-se Iracema, que é, nas palavras do próprio Alencar (1993, p. 24), “a virgem dos lábios de mel”. Portanto, percebe-se que o nome não é por acaso, foi dado porque “Iracema em guarani significa 'lábios de mel', de ira (mel) e tembe (lábios).
Em pacto de paz, Iracema leva o estrangeiro ferido para sua aldeia e para ter com seu pai, Araquém, o pajé da tribo. Martim é recebido com grande hospitalidade, mas sua chegada não agrada a todos: Irapuã, guerreiro tabajara apaixonado por Iracema, é o primeiro a ir contra.
Além disso, fica dividido entre a cultura branca e indígena; ao se afastar da sua cultura, sente falta dela. Essa saudade que Martim sente de sua tribo é o motivo que o leva a se manter distante de Iracema, durante o desenrolar da trama. O romance de Martim e Iracema tem como metáfora a criação do Ceará.
“Os nativos são representados por Iracema, que era fictícia, e os portugueses, por Martim Soares Moreno, que era real”, acrescenta Maria Ednilza, que também coordena o projeto de extensão da UFC “Iracema: um retrato de Fortaleza”.
No final da história, Iracema morre ao dar à luz ao filho de Martim. A morte de Iracema pode ser interpretada de várias maneiras. Uma interpretação é que ela simboliza o fim da cultura indígena e o início da miscigenação no Brasil, representada pelo filho mestiço de Iracema e Martim.
Iracema é uma bela virgem tabajara, guardiã do segredo da jurema. É ela quem fabrica para seu pai, o pajé, a bebida sagrada de Tupã. Por isso, Iracema não pode entregar-se a homem algum, sob pena de perder a própria vida. Certo dia, ela encontra em meio à mata um estranho guerreiro branco: Martim.
Resolução. a) Na fala transcrita, Iracema ilustra a sua relação com Martim por meio de metáforas ligadas à natureza brasileira. A índia associa a si mesma à murta, planta que morre para que o jacarandá possa alcançar a sua plenitude.
Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa” e narra a história de uma índia tabajara que se apaixona por um colonizador europeu. Utilizando-se desse encontro entre a índia e o seu amado, José de Alencar faz uma alegoria do processo de colonização do Brasil e de toda a América.
ARAQUÉM – pai de Iracema e pajé da tribo tabajara. CAUBI – valoroso guerreiro tabajara, irmão de Iracema. IRAPUÃ – chefe dos tabajaras e inimigo de Martim. ANDIRA – velho guerreiro, irmão de Araquém.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, tinha como companheira e amiga “a graciosa ará” (p. 17), que a chamava pelo nome. Com a chegada de Martim, a ave foi esquecida. Iracema não a alimentava mais, “nem a doce mão a afagara uma só vez” (p.