O que acontece com o cérebro quando toma anestesia geral?
Estudo publicado no periódico The Journal of Neuroscience aponta que a anestesia geral afeta a capacidade de proteínas liberarem neurotransmissores, mas apenas em neurônios excitatórios. "Para que os neurônios se comuniquem, as proteínas precisam estar envolvidas.
Os anestésicos gerais, como por exemplo o sevoflurano, induzem diretamente a inconsciência e amnésia ao deprimir o sistema nervoso central. Em contraste, a anestesia local, tem como sua função principal, bloquear a condução nervosa em áreas específicas sem afetar a consciência.
Os efeitos colaterais mais comuns são enjoo, vômito e alergia ao medicamento. Em casos mais graves, o paciente pode ter uma parada respiratória, cardíaca ou ficar com sequelas neurológicas.
O paciente pode apresentar efeitos colaterais após a cirurgia com anestesia geral. No entanto, eles costumam ser leves e com duração inferior a 24h. Entre os mais comuns, estão: náuseas e vômitos, tontura, confusão mental, boca seca e coceira pelo corpo.
O efeito cardiovascular mais proeminente da indução anestésica com propofol é uma queda súbita na pressão arterial, sendo que o componente sistólico pode diminuir 25% a 40% em relação aos valores pré-anestésicos.
É o tipo de anestesia que muitos associam à ideia de “dormir” durante uma cirurgia. Os anestésicos gerais podem ser administrados através de gases inalatórios ou por via intravenosa e atuam no sistema nervoso central, garantindo que o paciente não sinta dor nem tenha qualquer recordação do procedimento.
Portanto, a anestesia geral não é a mais perigosa”, destaca o médico. Sobre mitos e verdades da anestesia, Rodrigo Philippe alerta: “Em relação a esse risco do paciente não movimentar as pernas depois de uma raquianestesia, por exemplo, é completamente mito.
Risco de Não Acordar: Um dos mitos mais comuns é o medo de não acordar após a anestesia geral. A verdade é que a anestesia moderna é muito segura, e complicações graves são extremamente raras.
Um dos riscos mais significativos durante a anestesia geral são as complicações respiratórias. Pacientes com doenças pulmonares pré-existentes, como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica, são mais suscetíveis a essas complicações.
Apesar de extremamente segura, a anestesia geral não está isenta de riscos ou complicações. A mortalidade relacionada a anestesia é rara e vem declinando significativamente nas últimas 5 décadas. Os maiores riscos são os cardiovasculares e respiratórios.
Quais são as sequelas neurológicas da anestesia geral?
A disfunção cognitiva pós-operatória (DCPO) é uma condição que costuma afetar pacientes idosos submetidos a cirurgias sob anestesia geral. Caracteriza-se usualmente por prejuízos à memória e à concentração que podem ser temporários ou tornarem-se permanentes e incapacitantes.
O problema é mais comum em pacientes com mais de 60 anos de idade. Também é frequentemente chamada de “delirium pós-operatório” ou “confusão pós-operatória”. Essas mudanças temporárias na cognição podem variar em gravidade, indo desde sintomas sutis de confusão mental até estados mais acentuados de delirium.
A anestesia geral é muito segura e a maioria das pessoas se submete a esse tipo de sedação sem problemas. Entretanto, alguns fatores podem aumentar os riscos de complicações como confusão pós- operatória, pneumonia, AVC e problemas cardíacos: Tabagismo. Obesidade.
O estudo americano que utilizou dados de 994 hospitais e de 1.933.085 pacientes encontrou 1.369 complicações relacionadas à anestesia (0.71 para cada 1.000)7.
Uma cirurgia que foi considerada por muitos anos como a mais arriscada é a lipoaspiração. Isso porque, devido aos movimentos de vai e vem que são feitos nesse procedimento, por muito tempo ocorriam muitas vítimas fatais. O que muita gente não sabe é que isso acontecia pela falta de perícia do médico.
Quanto tempo leva para acordar da anestesia geral?
Terminada a cirurgia, o anestesista começa a reversão da anestesia. Nos pacientes sob anestesia geral, interrompemos a administração contínua dos anestésicos e, aproximadamente 10 a 20 minutos após, ocorre o despertar. Esta primeira fase do despertar, é realizada sob diretamente pelo anestesista na sala de cirurgia.
O que acontece com o cérebro quando tomamos anestesia geral?
Quando adormecemos os neurônios inibitórios 'silenciam" os excitatórios, que nos mantêm acordados. Sendo assim, os anestésicos gerais aceleram esse processo, silenciando diretamente esses neurônios excitatórios, sem qualquer ação dos inibitórios.
Por exemplo, uma cirurgia que envolve o abdômen ou o peito, remoção da próstata e uma cirurgia importante em uma articulação (como artroplastia do quadril) são procedimentos com grau de risco muito alto na lista de procedimentos de maior risco.
Além dos idosos, pessoas que têm condições como doenças cardíacas, especialmente insuficiência cardíaca congestiva, doença de Parkinson ou doença de Alzheimer, ou que tiveram um derrame antes, também estão mais em risco. É importante informar o médico anestesista se você tiver alguma dessas condições.
A mortalidade geral dentro das 24 horas do ato anestésico-cirúrgico no Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. foi de 0,51% ou 51 para cada 10.000 anestesias.
Em que parte do corpo é aplicada a anestesia geral?
Anestesia geral endovenosa: é aplicada por meio de uma injeção na veia, como o nome sugere. Ao ser introduzida diretamente na corrente sanguínea, a substância rapidamente circula pelo corpo, por meio do sangue, e ao atingir o cérebro, promove o mesmo bloqueio das sensações dolorosas e da consciência.
No geral, um resfriado, tosse, dor de garganta, ou qualquer problema respiratório podem sim levar ao atraso ou cancelamento de um procedimento. As cirurgias que necessitam de anestesia geral apresentam maior risco de desencadear dificuldades respiratórias no pós operatório.