A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Santo Inácio de Loyola.
Os jesuítas eram padres que pertenciam à Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada em 1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja a partir do papa Paulo III em 1540.
Para expulsar demônios e trazer santos padroeiros, os jesuítas vieram de Portugal ao Brasil. Os inacianos não foram os primeiros missionários na Terra de Santa Cruz.
Obediência é uma das principais marcas dos jesuítas, ordem fundada pelo espanhol Santo Ignácio de Loyola em 1534. Quase 500 anos após sua fundação, a Companhia de Jesus terá um de seus representantes no comando da Igreja Católica, com a eleição do papa Francisco.
Atualmente, a Companhia de Jesus ainda existe e segue com a vocação evangelizadora, atuando ainda por meio da educação. Os jesuítas possuem escolas e universidades espalhadas por cerca de 100 países e contam com cerca de 20 mil membros.
OS JESUÍTAS NO BRASIL, AS MISSÕES E A RELAÇÃO COM PORTUGAL
Porque os jesuítas foram expulsos do Brasil?
O grande poderio e influência dos jesuítas na América portuguesa foram contestados durante a administração pombalina (1750-1777), gerando um conflito de interesses entre a Companhia de Jesus e o governo, que culminou com a expulsão dos membros dessa ordem religiosa em 1759.
A Ordem é dividida em três graus distintos: Diaconato (Diáconos), Presbiterato (Presbíteros/padres) e o Episcopado (Bispos), sendo este último grau a plenitude do sacramento.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 liderados por Manoel de Nóbrega e começaram sua catequese erguendo um colégio em Salvador da Bahia, fundando a Província Brasileira da Companhia de Jesus. Cinquenta anos mais tarde já tinham colégios pelo litoral, de Santa Catarina ao Ceará.
A falta de escravos negros fazia com que muitos colonos quisessem apresar e escravizar as populações indígenas. Os jesuítas se opunham a tal prática, muitas vezes apoiando os índios contra os colonos. Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena.
Santo Inácio de Loyola foi um santo católico espanhol e o fundador da Companhia de Jesus, também conhecida como a Ordem dos Jesuítas. Ele nasceu em 1491 em Loyola, Espanha. Inicialmente, levou uma vida militar e de cortesão, mas em 1521, durante uma batalha, foi ferido gravemente na perna.
A ordem surge a partir da vida de Inácio de Loyola, um nobre espanhol que era soldado, mas que teve de se aposentar após ser ferido em combate. Durante o período de sua recuperação, passou a ler livros sobre a história de Jesus Cristo e de Santos, tornando-se um cristão fervoroso.
Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.
Irmão leigo e depois padre jesuíta, Diogo Jácome entrou para a Companhia de Jesus em 12-11-1548, sendo coadjutor espiritual quando veio para o Brasil com o padre Manoel de Nóbrega em 1549, na comitiva do governador-geral Tomé de Souza, em companhia de mais quatro religiosos. Estudante, aprendeu a língua tupi.
Seguindo atribuições diretas do rei Dom João III, o governador-geral, Tomé de Sousa, chegou ao Brasil em 1549 trazendo vários padres jesuítas que deveriam propagar a fé católica.
Os jesuítas eram contra ou a favor da escravidão negra?
Isso acontecia porque os jesuítas posicionavam-se contra a escravização dos indígenas, pois enxergavam-lhes como grupo a ser catequizado. Assim, os colonos que escravizavam indígenas podiam sofrer problemas jurídicos devido à atuação dos jesuítas.
Porque a Companhia de Jesus foi expulsa do Brasil?
Em 1759, os jesuítas foram acusados de criar um Estado paralelo que desafiava a soberania portuguesa e foram expulsos de Portugal e de todas as suas colônias. Em 1773, a Igreja Católica decretou a supressão da Companhia de Jesus. A companhia só seria restaurada pela Igreja em 1814.
Pombal proibiu a discriminação aos índios e elaborou uma lei favorecendo o casamento entre eles e portugueses. Finalmente, criou o Diretório dos Índios para substituir os jesuítas na administração das missões.
O principal objetivo era catequizar os índios. A catequização, no entanto, tinha efeitos colaterais que não interessavam aos conquistadores portugueses. Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita.
A instrução era feita por meio do estudo da leitura, da apresentação e da interpretação da palavra divina, pois assim se poderia compreender melhor o mundo supostamente desconhecido pelos nativos. Os jesuítas perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever.
O que motivou os jesuítas a se deslocarem para a América?
Foram essas perspectivas que motivaram os jesuítas a se deslocarem da Eu- ropa em direção ao novo mundo: o fortalecimento do cristianismo, o impedimen- to de avanço do protestantismo, a conversão do nativo americano e a concepção de uma igreja universal, a partir da perspectiva de direito natural.
Qual foi o Papa que proibiu o casamento dos padres?
O Direito Canônico, que rege a Igreja Católica, diz que padres não podem ter relacionamentos amorosos nem se casar. A prática existe, pelo menos, desde o século 11. Na história contemporânea, foi reafirmado pelo Papa Pio XII (1939-1958) e no Concílio Vaticano, em 1965.
O Diácono é responsável por cuidar da liturgia e estar em comunhão com tudo o que acontece na paróquia e participar diretamente do CMPP e outras pastorais. Porém, não pode, ao contrário do sacerdote, celebrar o sacramento da Eucaristia (Missa), confessar e nem administrar a unção dos enfermos.