A origem do Siriri é incerta, no entanto, é possível afirmar que está relacionada ao processo histórico-cultural da região, mesclando aspectos culturais indígenas, africanos e europeus.
Segundo pesquisadores, há indícios de que o siriri tenha nascido no período colonial, estando ligado à história e à cultura de Mato Grosso. A dança teria, então, elementos de influência indígena, africana, portuguesa e espanhola.
Originária de Cametá, a dança expressa gratidão dos índios e escravos africanos por um milagre. Depois de um dia exaustivo de trabalho, os escravos eram liberados, sob fiscalização, para conseguir algo para comer. Certo dia foram à praia e encontraram grandes quantidades de siris que se deixavam apanhar facilmente.
A origem é indígena e, ao longo dos anos, o siriri e o cururu ficaram restritos às comunidades ribeirinhas. Há 15 anos, ganharam os palcos e se espalharam por todos os segmentos sociais.
Por que eles aparecem com mais frequência nos dias quentes? O aparecimento dos siriris ou aleluias está relacionado ao seu cilo de reprodução. Dias mais quentes, sobretudo após períodos chuvosos, tendem a favorecem sua “revoada”, nome dada à fase reprodutiva.
“Eles vivem de 25 a 30 anos e, ao contrário de outros insetos, mantêm o mesmo parceiro até o fim da vida. Além disso, as fêmeas podem colocar de 30 a 80 mil ovos em um único dia”, diz ele.
Expressam emoções vividas possibilitando tocar o mais intimo de cada um. A dança Siriri remete-se a identidade cultural popular e regional do Pantanal. Considerada como uma das danças mais antigas do Estado, grupos de Siriri são observados em festas folclóricas junto aos típicos grupos de Cururu.
O Cururu é uma manifestação folclórica caipira de origem ameríndia e portuguesa. É característico da região geográfica conhecida como Médio Tietê, que compreende municípios como Piracicaba, Sorocaba, Laranjal Paulista, Tietê e outros.
Provavelmente, você já viu um siriri em algum momento
Normalmente, esse fenômeno acontece em épocas quentes, como primavera e verão e está associado ao siriri, que nada mais é do que um cupim alado. Esse tipo de cupim, apesar de não transmitir doenças, pode gerar inúmeras dores de cabeça.
Dança de pares com formação em círculo ou fileira. Na dança de roda a coreografia básica consiste em movimentar-se em círculo, batendo-se as mãos espalmadas nas mãos dos dançarinos que estão à direita e à esquerda. Enquanto gira a roda, os dançarinos vão respondendo aos tocadores, que conduzem o canto.
O siriri é o reprodutor que tentará se instalar em locais apropriados para iniciar uma nova colônia. Sendo siriris de cupins de madeira seca tentarão se instalar diretamente no interior da madeira.
Como combater? A bióloga explica que, como esses cupins se guiam pela iluminação, o ideal é fechar as janelas e apagar as luzes, para evitar que entrem em casa ou permitir que voltem a se orientar pelo luar.
Certa tarde, entretanto, como se fora um verdadeiro milagre, surgiram na praia centenas de siris que se deixavam pescar com a maior facilidade, saciando a fome dos escravos. Como esse fato passou a se repetir todas as tardes, os negros tiveram a idéia de criar uma dança em homenagem ao fato extraordinário.
Antes mesmo da emergência dos grandes festivais, pudemos notar essas diferenciações nos registros de Max Schmidt no início do século XX: enquanto o cururu era realizado na sala de visitas, com caráter solene e ritualístico, o siriri era improvisado,por homens e mulheres, com bancos e cadeiras nos fundos da residência.
Já o siriri é também uma expressão artística tradicional que consiste em uma dança de pares, envolvendo mulheres, homens e crianças. A coreografia consiste em uma movimentação em círculo, em que os dançarinos batem as mãos entre si.
O siriri é uma dança folclórica da Região Centro-Oeste do Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos. A dança lembra as brincadeiras indígenas, com ritmo e expressão hispano-lusitana. Pode ser comparado com o fandango do litoral brasileiro.
Se ficar no escuro, o siriri irá se guiar em direção a alguma luz externa e vai embora. Qual é o tempo médio de vida? Na fase alada dura poucos dias. Depois que vira cupim ele vive por mais alguns meses.
Além de insetos, alimenta-se de frutos, esses últimos muito consumidos por aves em migração. Aprecia muito os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa).
Esse fenômeno, que é conhecido como revoada de cupins, representa o momento quando os insetos vão em busca de seus parceiros para o acasalamento. Desse modo, é nessa fase que surgem os siriris ou aleluias, que nada mais são do que uma fase alada dos cupins. Tanto os siriris quanto os aleluias são o mesmo inseto.