A língua portuguesa tem 12 fonemas vocálicos e 19 fonemas consonantais. Quando se trata das consoantes, a situação é mais complexa. A correspondência entre som (o fonema) e sua representação (a letra) às vezes é simples, mas também pode dar muita dor de cabeça.
A palavra homem tem quatro fonemas: /o/, /m/ e termina nos dois fonemas que constituem o ditongo /ãi/, que são /ã/ e /i/. É conveniente considerar dois fonemas no ditongo, porque, na transcrição fonética, representa-se o /ã/ e o /i/.
A sílaba que da palavra querido é escrita com três letras: q-u-e. Ao pronunciarmos essa sílaba, falamos e ouvimos apenas dois fonemas. Nesses casos, as duas letras qu representam um só fonema – /k/ – e recebem o nome de dígrafo.
A palavra “quente” possui 6 letras e 4 fonemas, sendo que o dígrafo consonantal “qu” possui som /k/ e, no dígrafo vocálico “en”, há nasalização da vogal “e” e, portanto, o som é / /.
A crase consiste na "fusão" de dois fonemas vocálicos iguais (a + a). Por crase entende-se a fusão de duas vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave = (à) = que se coloca sobre o "a". (= à).