Quando o juiz pode inverter o ônus da prova a favor do consumidor?
De acordo com o texto legal, quando o consumidor for (além de vulnerável, condição presente em todos os consumidores) hipossuficiente, ou quando houver presença de verossimilhança em suas alegações, de acordo com critério do juiz, ocorrerá a inversão do ônus da prova.
Em que situação o juiz pode inverter o ônus da prova a favor do consumidor?
Além disso, o CPC também permite ao juiz inverter o ônus da prova quando houver peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos da regra geral, bem como nos casos em que for mais fácil obter a prova do fato contrário.
A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA EM PROL DO CONSUMIDOR RÉU
A inversão do ônus da prova não é restrita a casos em que o con- sumidor se encontra na posição processual de autor. Também quando o consumidor se encontra na qualidade de réu pode surgir a necessidade da inversão do ônus probatório.
Como ocorre a inversão do ônus da prova no âmbito do consumidor?
A inversão do ônus da prova é um dos mais relevantes instrumentos da legislação consumerista para a facilitação da defesa do consumidor. Contudo, tal mecanismo não se opera de forma automática, pois depende da análise judicial de verossimilhança da alegação do consumidor ou de sua hipossuficiência.
Para que o juiz determine a inversão do ônus da prova, são necessárias (i) a verossimilhança das alegações ou (ii) a hipossuficiência do consumidor, considerando as regras ordinárias de experiência. O primeiro requisito requer a análise inicial das alegações trazidas ao juízo pelo consumidor.
O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
A inversão do ônus da prova pode decorrer da lei ('ope legis'), como na responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço (arts. 12 e 14 do CDC ), ou por determinação judicial ('ope judicis'), como no caso dos autos, versando acerca da responsabilidade por vício no produto (art. 18 do CDC ).
O que acontece quando o juiz inverte o ônus da prova?
Então, a inversão do ônus da prova possibilita ao consumidor ir a juízo mesmo sem ter em mãos essa prova. Nesses casos, caberá ao forne- cedor produzir a prova da inexistência do direito alegado pelo autor, bem como demonstrar que os fatos narrados não correspondem à verdade.
A hipossuficiência do consumidor pode dizer respeito a dois aspectos: Necessidade de assistência judiciária (benefício da justiça gratuita) aos comprovadamente pobres; Necessidade de inversão do ônus da prova (incumbir ao fornecedor o dever de provar os direitos que alega).
O que é necessário para decretar se a inversão do ônus probatório?
Para que se possa decretar a inversão do ônus da prova será é necessária a comprovação da hipossuficiência ou a verossimilhança das alegações, conforme o disposto no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor.
O que se entende e quando pode haver a inversão do ônus da prova no processo do trabalho?
Tal inversão é pautada na falta de igualdade entre as partes (empregado reclamante versus empregador reclamado), bem como, na hipossuficiência, dependência e subordinação técnica e econômica do empregado em relação ao empregador, que possui maiores condições de provar os fatos discutidos.
No Direito Penal, cabe à acusação provar a culpa do réu, em respeito ao princípio da presunção de inocência, ou seja, todos são inocentes até que se prove o contrário. No Direito do Consumidor, o Juiz pode inverter o ônus da prova em favor do consumidor, cabendo ao réu provar a improcedência das alegações do autor.
O Código de Defesa do Consumidor entende que a inversão no ônus da prova é um direito básico quando a parte for hipossuficiente – ou quando houver verossimilhança na alegação. Desse modo, se o juiz verificar a presença de apenas um dos requisitos, será declarada a inversão do ônus da prova.
Qual a regra de julgamento para a inversão do ônus da prova?
A decisão judicial que determina a inversão do ônus da prova – prevista no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) – deve ocorrer antes da etapa de instrução do processo; se proferida em momento posterior, deve garantir à parte a quem foi imposto esse ônus a oportunidade de apresentar suas provas.
12. o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o im- portador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de ...
Quando o juiz pode inverter o ônus da prova a favor do consumidor?
A inversão do ônus da prova é um direito do consumidor que deve ser reconhecido quando, no caso concreto, o juiz constatar a verossimilhança das alegações ou a hipossuficência do consumidor, conforme artigo 6º , VIII do Código de Defesa do Consumidor .
O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
O que significa a inversão do ônus da prova pericial?
A inversão do ônus da prova é técnica que prestigia o princípio da igualdade entre as partes, sendo cabível em favor do consumidor ainda na fase instrutória, quando forem verossímeis as suas alegações ou quando for ele hipossuficiente na relação, nos termos do art. 6º , VIII , do CDC .
O que é fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor?
Fato impeditivo é o argumento que impede o reconhecimento do direito do autor por algum entrave legal, mas não extingue o direito em si. Fato modificativo é quando ele modifica o direito já requerido, ele não impede nem encerra o direito, mas modifica ele para outro.
O que significa a inversão do ônus da prova em apelação?
A inversão do ônus da prova é regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determina ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade.
Segundo Zaneti, com apoio em Moacyr Amaral Santos , sintetiza-se a teoria de Fitting, com a seguinte assertiva: quem tem interesse na aplicação de uma norma jurídica deve provar seus pressupostos de fato[21]. A teoria de Gianturco defende que a prova deve ser feita por aquele que pretender vantagem.
Pode pedir inversão do ônus da prova em contestação?
Nos termos do artigo 6º , VIII do CDC , presente um dos requisitos de verossimilhança das alegações ou hipossuficiência técnica ou jurídica da parte, é possível a inversão do ônus da prova a fim de permitir a facilitação da defesa dos direitos do consumidor.
Quando for verossímil a alegação do consumidor ou quando ele for hipossuficiente?
De acordo com o texto legal, quando o consumidor for (além de vulnerável, condição presente em todos os consumidores) hipossuficiente, ou quando houver presença de verossimilhança em suas alegações, de acordo com critério do juiz, ocorrerá a inversão do ônus da prova.
6º do código, o ônus da prova será invertido pelo juiz, a seu critério, quando o consumidor demonstrar a verossimilhança de suas alegações ou demonstrar sua hipossuficiência para produzir a prova. Essa é a chamada inversão ope judicis (por força do juiz).