Quem foi Euclides da Cunha e qual sua relação com Canudos?
Euclides da Cunha foi convidado a cobrir a Guerra de Canudos, o que resultou em sua obra-prima: Os sertões. Muitas vezes chamado de barroco científico, pela opulência das imagens e pelo uso acentuado de oposições e contrastes, o texto de Euclides da Cunha é uma verdadeira engenharia da palavra.
Qual a relação de Euclides da Cunha com a Guerra de Canudos?
Euclides da Cunha interpretou a guerra de Canudos a partir de fontes orais, como os poemas populares e as profecias religiosas, encontrados em papéis e cadernos nas ruínas da comunidade.
EUCLIDES DA CUNHA E OS SERTÕES | Guerra de Canudos e Messianismo. Literatura Enem. Camila Brambilla
Quais são as 3 partes de Os sertões?
Dividido em três partes, “A terra”, “O homem" e "A luta”, Os sertões se dedica a falar do sertanejo, descrevendo e analisando seu modo de vida e condição social; as origens de seu terreno, o sertão brasileiro; e, finalmente, o conflito de Canudos.
Figura carismática, Antônio Conselheiro adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o Arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no Sertão baiano, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, indígenas e escravos recém-libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos.
Quando foram escritos Os sertões de Euclides da Cunha?
Os Sertões seria escrito ao longo de cinco anos, de 1897 a 1902. "E, sim, se pode dizer que foi um pioneiro livro-reportagem porque tem muito de um livro que procura ser mais do que literatura, procura ser um livro de não-ficção.
Em oposição, Euclides era nacionalista e defendia que o Estado fosse protagonista no desenvolvimento político e econômico da Amazônia e que a região deveria ser ocupada sistematicamente por brasileiros, inclusive pelos seringueiros que vinham de outros Estados brasileiros e que, em sua visão, poderiam se fixar na ...
A Tragédia da Piedade, que ficou conhecida com esse nome por ter ocorrido no bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, se refere à morte do escritor Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, que foi até a casa do amante de sua esposa, Dilermando de Assis, para tentar matá-lo, e acabou sendo morto por ele por legítima defesa.
No tiroteio que se seguiu, um duelo de vida e morte, segundo o criminalista Evaristo de Moraes, advogado de Dilermando no Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, em maio de 1911, Dilermando foi atingido. Embora ferido, atirou duas vezes em Euclides. Uma bala acertou o pulmão direito de Euclides, que caiu morto.
Os sertões, do escritor e jornalista brasileiro Euclides da Cunha, é certamente a obra mais famosa sobre a Guerra de Canudos, conflito que ocorreu em 1896 e 1897, no interior da Bahia. De um lado da batalha, o Exército brasileiro. Do outro, os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro.
*Barragem do Cocorobó em Canudos se Aproxima de Transbordar com Cheias do Rio Vaza Barris* *Canudos, BA* – As águas do Rio Vaza Barris continuam a encher o Açude Cocorobó, em Canudos, após dias de chuvas intensas na região.
Canudos é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a uma altitude de 402 metros e encontra-se inserido no Polígono das Secas e no vale do rio Vaza-Barris. O município possui uma área de 3.565,377 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 16 832 habitantes.
Para os pesquisadores da obra de Euclides da Cunha, o escritor foi para Canudos certo que encontraria ali uma revolta estimulada pelos monarquistas contra a recém-nascida república, proclamada em 1889.
Teve caráter messiânico, por conta das pregações do beato, mas envolvia a luta contra a fome, a miséria e a seca nordestina, região desassistida pelo governo federal, que passava, naquele momento, pela transição da monarquia para a república.
Nasceu na Fazenda da Saudade, em Cantagalo no Estado do Rio de Janeiro, filho de Manoel Rodrigues Pimenta da Cunha, natural da Bahia, e Eudóxia Moreira da Cunha. Seu pai era guarda-livros nas fazendas de café da Província do Rio de Janeiro.
O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros.