A deflação representa o processo contrário à inflação. Ela significa uma queda generalizada e constante dos preços dos produtos e serviços. Assim como a inflação, a deflação é utilizada como termômetro para a economia, medindo a saúde econômica do país.
Ou seja, a deflação ocorre quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir. As causas da deflação estão relacionadas com a relação oferta (maior) x demanda (menor), que estão intrinsecamente baseadas nas relações de consumo e de saúde da economia de forma geral.
Brasil tem deflação em agosto, com índice de -0,02% e tarifa de energia em queda. A inflação do país foi de -0,02% em agosto, queda de 0,40 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,38%). Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%.
A deflação pode criar um ciclo negativo com sérias consequências econômicas: Redução do consumo e dos investimentos: quando as pessoas esperam que os preços continuem caindo, elas adiam suas compras, o que desestimula as empresas a investir, já que a rentabilidade se torna incerta.
Um dos motivos de a deflação não ser positiva é que ela mostra que a população está consumindo menos, o que revela uma demanda por produtos menor, que pode ter como consequência uma desaceleração econômica, explica Louzada.
Para variar, Bolsonaro tortura os fatos e distorce um conceito para que caiba em sua visão peculiar de “recuperação econômica”. Embora entre os teóricos haja ligeira controvérsia sobre o termo, a deflação ocorre quando os preços de produtos e serviços caem de forma generalizada, constante e duradoura.
A deflação representa a primeira queda de preços apurada pelo IPCA desde junho do ano passado (-0,08%). Na comparação somente com meses de agosto, a variação é inferior à taxa de 0,23% do ano passado, mas superior à queda de 0,26% registrada em 2022. Deflação afasta o índice oficial de preços do teto da meta.
A maior hiperinflação da história foi registrada na Hungria, logo após a Segunda Guerra Mundial, quando sua moeda era o pengő. À época, o país registrou uma taxa de inflação mensal de 41 900 000 000 000 000%, ou 207% ao dia.
No entanto, essa aparente vantagem para o bolso do consumidor esconde desafios significativos para a saúde da economia na totalidade. A deflação pode criar um ciclo vicioso, levando a reduções nos investimentos, fechamento de empresas, aumento do desemprego e, em casos extremos, recessão econômica.
Porque as empresas estão reduzindo o tamanho dos produtos?
Ou seja, a inflação descontrolada e o empobrecimento da sociedade, as grandes indústrias para não aumentar ainda mais os preços dos produtos ficando assim fora do quartil de preços, passam a diminuir o tamanho ou a quantidade (peso) para manter o mesmo valor.
Para os consumidores, deflação pode parecer uma coisa boa, já que significa redução de gastos e mais dinheiro no bolso. Mas uma deflação persistente não é um bom sinal quando se pensa na economia como um todo. É um sinal de debilidade da atividade econômica.
Por mais que essa diminuição no preço pareça positiva, quando ela persiste por muito tempo, pode acabar prejudicando os negócios, gerando aumento no desemprego e impactando negativamente a economia global do país. Outro fator que pode gerar deflação é a diminuição da quantidade de moeda em circulação na economia.
Eis a íntegra do relatório (55 KB). Os países que estão no top 5 taxas de inflação mais baixas são: China (1,8%), Arábia Saudita (2,9%), Japão (3,9%), Coreia do Sul (5%) e Indonésia (5,5%).
Enquanto os bancos centrais ao redor do mundo aumentavam suas taxas de juros para conter a alta de preços e seu impacto no poder de compra e nas condições de vida das pessoas, o Banco Central do Japão manteve taxas negativas na busca por conseguir o exato oposto: fazer com que os preços no país subissem.
Por mais de uma década, o Japão lidou com o risco de deflação e lançou mão dos juros negativos para tentar estimular a economia na marra. A inflação global causada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, que inflou o preço dos combustíveis, ajudou o país a sair da armadilha, que tende a causar recessão econômica.
A deflação ocorre quando os preços de bens e serviços passam a cair ao invés de subir. Nesse cenário, o dinheiro fica mais valorizado, o poder de compra melhora e o consumo é estimulado. Depois de longos períodos de inflação, essa queda nos preços pode representar um alívio para o bolso dos consumidores.
Como ele é calculado? O IBGE faz um levantamento mensal, em 13 áreas urbanas do País, de, aproximadamente, 430 mil preços em 30 mil locais. Todos esses preços são comparados com os preços do mês anterior, resultando num único valor que reflete a variação geral de preços ao consumidor no período.