DNA antigo oferece novas evidências de teoria sobre origem da sífilis. Os ingleses, alemães e italianos a chamavam de “a doença francesa”. Os poloneses a apelidavam de “a doença alemã”, enquanto os russos a atribuíam aos poloneses.
A princípio, a doença recebeu várias denominações, como Mal de Nápoles, Mal Francês e outras, cada povo culpando os inimigos. O termo sífilis foi introduzido por Girolamo Fracastoro em 1530, mas seu uso tornou-se corrente apenas no século XVIII.
Quando apareceu pela primeira vez a palavra sífilis?
Em agosto de 1530, o médico, escritor, humanista e astrólogo Girolamo Fracastoro (Hieronymus Fracastorius) publicou, em Verona, Itália, o poema latino Syphilis Sive Morbus Gallicus (Sífilis Ou Mal Francês), no qual descreve a doença que o deus grego Apolo impôs a Syphilus, um pastor de ovelhas que amava mais o rei ...
A doença ganhou atenção e se espalhou pela Europa no final do século XV, no período marcado pelas grandes navegações. Foram quase 500 anos de história e pesquisas científicas até a descoberta da penicilina e, com ela, a cura para a doença. Embora pareça uma doença do passado, a sífilis está mais presente do que nunca.
A sífilis é uma doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas, divididas em três fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária.
A sífilis adquirida até dois anos é considerada recente. Nessa fase, a doença pode manifestar-se como sífilis primária, secundária ou latente recente. Já a infecção presente no indivíduo há mais de dois anos é chamada de sífilis tardia, e pode manifestar-se como latente tardia ou terciária.
Sua transmissão entre soldados de vários exércitos, cursando com lesões de pele, fez com que surgissem os diversos nomes como "mal espanhol", "mal italiano", "mal polonês" etc. Originalmente, não havia nenhum tratamento efetivo para sífilis. O comum era tratar com guáiaco e mercúrio.
A cura só viria em 1943, com a descoberta da penicilina. Com estimados sete milhões de novos casos em 2020, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a sífilis é considerada uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais antigas da humanidade.
Com esses avanços, o campo de pesquisas na terapêutica da sífilis foi largamente ampliado, surgindo novas técnicas e conceitos de tratamento. A penicilina, descoberta por Fleming em 1928 e viabilizada por Florey et al.
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que tem cura, mas se não for diagnosticada e tratada pode causar complicações conforme a sua evolução e manifestações clínicas.
O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita. Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio.
A sífilis é uma doença infecto contagiosa que se tem notícia de ocorrência há muitos séculos. Há relatos de sífilis nos primórdios da idade média, quando se alastrou pela Europa, acometendo indistintamente plebeus e nobreza. Dizia-se que a infecção era fatal e ficou conhecida como “a doença francesa”.
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro.
A epidemia causada pela sífilis era diferente das vistas anteriormente. Ela não se concentrava numa área específica nem estava relacionada a uma época do ano. Todos corriam risco de adoecer. E, uma vez que isso acontecia, parecia que a pessoa nunca iria se recuperar.
A falta de conhecimento sobre a sífilis faz com que ela se torne uma doença banalizada e desconsiderada pela população. No entanto, trata-se de uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, que pode levar à morte se não tratada a tempo. É especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante.
Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
pallidum pallidum (TPA). O aparecimento repentino da sífilis no final do século XV levou à proposta de sua origem americana, conhecida como a hipótese colombiana.
A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus.
Os títulos do VDRL são considerados positivos quando 1/16 ou superiores. Títulos inferiores são considerados falso-positivos5,10,12 quando os testes treponêmicos forem negativos. Algumas condições estão associadas com VDRL reagente e ELISA não reagente, sem história prévia de sífilis.
Após tomar todas as doses da benzetacil indicadas pelo médico, a sífilis geralmente é considerada curada após 12 meses, caso seja verificada uma boa resposta ao tratamento.