Segundo Altuna (1985: 58-61), a religião dos bantos era estruturada a partir da crença em uma pirâmide vital, dividida entre o mundo invisível e o mundo visível.
No campo religioso, o candomblé banto e o catolicismo negro marcaram não só a cultura brasileira dos últimos séculos, mas também a resistência negra no país.
A mesma religião deles que aqui nós chamamos de candomblé lá eles chamam de Santería. Aqui a gente louva os orixás porque são mensageiros do Olodumarê. Então, dependendo de onde que você está aqui no Brasil, a gente tem sorte. A influência de Iorubá no Brasil é desde o início, desde a própria origem do Brasil.
Todos os povos que compartilhavam a cosmovisão banto acreditavam em um deus único, supremo e criador, cha- mado de Kalunga, Zambi, Lessa ou Mvidie, entre outros nomes, de acordo com o grupo étnico específico e com os atributos que se pretendia destacar nessa divindade, como a totalidade da vida, a superação de tudo em ...
O termo "banto" é dado aos povos e culturas da África Central que possuem diversas línguas com características em comum, como a palavra "bantu", que quer dizer "pessoas".
Umbanda é uma religião afro-brasileira de raiz Bantu, isto é, uma prática religiosa de povos Bantu que, na diáspora africana, assume uma configuração própria no território brasileiro.
Os bantus têm um papel significativo na formação cultural brasileira e na identidade nacional, seja pelo legado linguístico, pela cultura popular como as artes manuais e culinária, nas práticas agrícolas ou na origem de ritmos e expressões musicais como o samba, o maracatu, a congada, o jongo e a capoeira.
Não se sabe ao certo quando e onde originou-se os primeiros povos bantos, que alguns teóricos vão denominar de “protobantos”, mas alguns estudos apontam que seu surgimento se deu por regiões que hoje seriam a Nigéria e Camarões.
Do termo multilinguístico kalunga, que encerra idéia de grandeza, imensidão, designando Deus, o mar, a morte, – o vocábulo kalunga (Deus), do verbo oku-lunga (ser esperto, inteligente), encontra-se no dialeto dos Ambóse em outros grupos vizinhos.
Diferentemente dos nagôs que relacionam seus Orixás, como, por exemplo, Rainha/Rei ou Deusa/Deus da chuva, da beleza, dos trovões, entre outros, para o Candomblé de Angola/Bantu o Nkise é a própria chuva, a própria beleza ou o próprio trovão, trata-se de uma energia divinizada.
A palavra hindu é um exônimo e embora o hinduísmo tenha sido considerado a religião mais antiga do mundo, também foi descrito como Sanātana Dharma ("darma eterno"), um uso moderno, baseado na crença religiosa de que suas origens estão além história humana, conforme textos sagrados hindus.
Muitos iorubás chegaram ao Brasil na época da escravidão, muitos deles no período final da escravidão, após a queda do Império de Oió. No nosso país os escravos iorubás eram conhecidos popularmente como nagôs, forma pela qual os membros da etnia fon chamavam os iorubás.
Enquanto os bosquímanos e hotentotes eram nômades caçadores-coletores e pastores, os bantos eram agricultores sedentários e já conheciam o uso do ferro. Esses avanços lhes permitiram colonizar um amplo território, ao longo de aproximadamente quatro mil anos, forçando o recuo dos povos nômades.
O calundu, como apresenta Reis (2005), foi o termo genérico utilizado para definir a prática religiosa africana em geral, até o final do século XVIII, sendo substituído mais tarde por candomblé.
É formado em Técnico de Telecomunicações, mas também é músico e escritor. Católico por tradição familiar, umbandista por convicção, converteu-se à Umbanda em 2002, quando reviveu os bons momentos de quando era apenas uma criança e cambonava os guias de seu pai carnal.
4 E Deus enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
O nome Kalunga, que em dialeto banto africano significa “Tudo de Bom”, foi ouvido pela primeira vez em maio de 1972, que por iniciativa de Damião Garcia, começava a história da empresa através de uma pequena papelaria na Rua Vergueiro, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo.
Os povos bantos acreditavam que as almas dos mortos tinham que atravessar a grande massa de água para se encontrar com seus antepassados, sem contudo abandonar completamente o mundo dos vivos. Isso porque a morte era entendida não como extermínio do ser, mas como diminuição de sua energia vital.
Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Hoje são mais de 400 grupos étnicos que falam línguas bantas, todos eles ao sul da linha do Equador.
Na realidade, a designação “banto” diz respeito à unidade linguístico-cultural de grande quantidade de povos da África Central e Meridional e, “no contexto da imigração forçada para o Brasil (e para as Américas em geral), representam um dos grandes grupos de onde vieram africanos escravizados”.
As línguas bantas são um ramo da família linguística nígero-congolesa, falados pelos povos bantos na África subsariana. O número total destas línguas varia de 440 a 680, dependendo da definição de língua versus dialeto. A língua banta com o número maior de falantes é o suaíli.
"Nagôs" ou Anagôs era a designação dada aos negros escravizados e vendidos na antiga Costa dos Escravos e que falavam o iorubá. Os iorubás são um povo do sudoeste da Nigéria, no Benim (antiga República do Daomé) e no Togo. Historicamente, habitavam o Reino de Queto (atual Benim) e o Império de Oió, na África Ocidental.
Os bantos mantinham contato com diferentes sociedades como os cuxitas (Reino Kush), os nilotas e os mercadores árabes vindos do norte. Os contatos entre portugueses e povos bantos durante o comércio de escravos oscilou entre alianças e conflitos.