Empolgada com a avaliação, buscou seu dicionário tupi-guarani e traduziu as falas como “aba” e “poru”, ou seja, “homem que come”, formando, assim, o nome Abaporu.
A palavra “abaporu” vem do tupi-guarani e significa “homem que come”. Desse modo, essa figura humana pode ser vista como um antropófago. Devemos lembrar que algumas tribos indígenas brasileiras, na época do descobrimento, praticavam a antropofagia, que é o hábito de comer carne humana.
O homem em Abaporu representado transmite certa melancolia, pois o posicionamento da cabeça e expressão denotam alguma tristeza ou depressão. Além disso, o pé grande também pode revelar uma forte conexão do ser humano com a terra.
O quadro é uma das principais atrações do Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, o Malba. Localizado em Palermo Chico, o museu concentra a principal coleção de arte latinoamericana do mundo.
Os pés gigantes são traduzidos para a conexão do homem com a terra. Quanto ao solo, esse simboliza rotina dura, cansativa, atroz dos trabalhadores rurais e o cacto é a referência da região nordestina do país e faz lembrar os lugares áridos do Brasil. Abaporu, um quadro criticado?
ABAPORU - Tarsila do Amaral |A História por Trás da Obra|
Qual a crítica do Abaporu?
A obra Abaporu é considerada importante pelos críticos por ter-se tornado o símbolo do movimento modernista brasileiro e por colocar o nosso país no mapa dos acontecimentos artísticos mais importantes da época.
Em 1995, com problemas financeiros, decidiu vender. Segundo ele, a saída foi colocar o quadro em um leilão fora do Brasil. O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado de São Paulo se recusou a liberar documentos para que o quadro saísse do país.
A arte como um veículo de inclusão tem o poder de transformar mentalidades e promover a aceitação da diferença. Muitos artistas modernos estão usando suas criações para abordar questões sociais importantes, como racismo, discriminação de gênero, exclusão social e desigualdades econômicas.
A pintura possui caráter nacionalista e valoriza a miscigenação brasileira. Ela foi criada por Tarsila com o objetivo de presentear Oswald de Andrade. Inspirado por esse presente, Oswald de Andrade escreveu o Manifesto Antropófago. O movimento antropófago valoriza a multiplicidade cultural brasileira.
A pintura "Salvator mundi" (Salvador do Mundo), de Leonardo da Vinci, foi leiloada em Nova York em 15 de novembro de 2017 por 450 milhões de dólares, tornando-se o quadro mais caro de todos os tempos. A pintura a óleo representando Cristo foi feita em madeira há 500 anos e mede 66 x 46 cm.
Um quadro da artista plástica Tarsila do Amaral bateu recorde de venda em leilão público no Brasil, sendo arrematado por R$ 57,5 milhões. Com isso, Tarsila confirmou o status de pintora brasileira mais valorizada no mundo. Mas não foi o famoso Abaporu que foi vendido. Esse está em um museu em Buenos Aires.
O próprio nome “Abaru” é uma homenagem à essência brasileira. Inspirado na obra-prima da pintura nacional, “Abaporu”, o nome evoca a conexão íntima entre o homem e a terra, bem como a delicadeza da natureza que nos rodeia.
Em 1995, Forbes decidiu leiloar Abaporu na famosa Christie's, em Nova York. Foi arrematada pelo empresário argentino Eduardo Constantini, por US$ 1,35 milhão - novamente um recorde nacional.
Eduardo Costantini, bilionário argentino, é um caçador de joias. O colecionador, no entanto, não se interessa por qualquer obra de arte. Isso porque o cidadão portenho é dono de uma obra icônica: Abaporu, de Tarsila do Amaral.
💸 Quem arrematou o quadro foi o empresário argentino Eduardo Constantini, por cerca de 1,5 milhão de dólares. Com isso, o “Abaporu” se tornou a primeira pintura brasileira a ultrapassar a marca de 1 milhão! E assim, essa obra-prima foi parar no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o MALBA.
Empolgada com a avaliação, buscou seu dicionário tupi-guarani e traduziu as falas como “aba” e “poru”, ou seja, “homem que come”, formando, assim, o nome Abaporu.
Ao contrário de sua origem, o quadro compõe o acervo do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba), na capital da Argentina, desde o ano de 2001, quando a instituição foi fundada — e se engana quem acredita que a obra foi dada de presente aos hermanos.
Podemos então definir a releitura, como uma atualização do olhar que se transforma, que se amplia a cada nova leitura. Releitura no âmbito do Fazer Artístico significa fazer a obra de novo, acrescentando ou retirando informações. Não é cópia.
Raul Forbes comprou a obra-prima Abaporu, de Tarsila do Amaral, em 1984, por 250 000 dólares. Em 1995, ao enfrentar problemas financeiros, decidiu vender o famoso quadro. No entanto, ninguém do Brasil se interessou pela compra.
Que sentimento a obra Abaporu transmite para você?
O homem, em Abaporu representado, transmite uma certa melancolia, pois o posicionamento da cabeça e expressão denotam alguma tristeza ou depressão. Além disso, o pé grande também pode revelar uma forte conexão do ser humano com a terra”, ensina a professora Scheila.
A importância do Abaporu é fundamental, pois ele representa exatamente esse conceito de dar “brasilidade” a arte produzida com inspirações estrangeiras. Apesar de ser um presente para Oswald, logo ele voltaria para posse de Tarsila.