O mal é o nosso distanciamento de Deus. Santo Agostinho categoriza o mal em três formas: ontológico, físico e moral, onde respectivamente representam o ser enquanto ser, a moralidade e o sofrimento no mundo.
A essa questão responde Agostinho que: [...] o mal não é senão a corrupção ou do modo, ou da espécie, ou da ordem naturais. A natureza má é, portanto, a que está corrompida, porque a que não está corrompida é boa. Porém, ainda quando corrompida, a natureza, não deixa de ser boa; quando corrompida, é má.
Agostinho reflete sobre o mal em três níveis: metafisico-ontológico, moral e físico. No metafisico-ontológico, o mal não existe, ele é a privação do bem; o mal moral, é o pecado, ou seja, o abuso da vontade livre ou a má escolha da vontade que nos afasta do Sumo Bem.
Já em Agostinho, a concepção de mal é contrária a esta. Este pensador explicita que Deus é o autor das coisas boas e que o mal só se faz presente quando os homens optam por utilizar de maneira errada os dons concedidos por Deus.
Porque o mal não é uma realidade em Santo Agostinho?
A conclusão de Agostinho é que na vã tentativa de ser feliz, o ser humano usa o seu livre-arbítrio de modo errado, deturpando o que é perfeito. O mal não existe, ele na verdade é um “não ser”, uma ferrugem que deturpa e corrói as coisas boas. O mal é se afastar de Deus, a fonte única de todo o bem.
O problema do mal (também conhecido como teodiceia) e uma das críticas mais antigas à existência de Deus como ser onipotente (que tudo pode) e benevolente (que é bom). Em linhas gerais, o argumento procura mostrar que a existência do mal no mundo não é compatível com a ideia de um Deus benevolente e onipotente.
O argumento de Agostinho para a causa do pecado é que o sujeito humano possui o livre arbítrio dado por Deus. E com este livre arbítrio o homem é dotado de atrações, sobretudo nas relações recíprocas. As atrações, que são sentimentos intrínsecos aos seres humanos, tornam o homem um ser de desejos.
Como o mal é concebido pelos maniqueístas e por Agostinho?
Agostinho convertido ao cristianismo contrapõe aos maniqueus afirmando que não pode existir duas naturezas, mas apenas uma. Os maniqueus, por sua vez, afirmavam a existência de duas naturezas, uma conhecida como o Bem e outra como o Mal, ambas existentes desde a eternidade. Palavras-chave: Agostinho. Mal.
Conclui-se que a maldade é efeito da paixão descontrolada (a maneira de controla-la seria submetendo-a a Razão, mas isso já é outro assunto...) e que a maldade não necessita de ser consumada em ato externo, já agindo mal aquele que tem intenção maliciosa.
Por que Santo Agostinho afirma que o mal está no mau uso do livre-arbítrio?
Em toda a sua filosofia, Agostinho defende a superioridade da alma sobre o corpo. A alma foi criada por Deus para orientar o corpo à prática do bem. Não obstante, devido à existência do livre arbítrio, o ser humano que o utiliza mal conduz a submissão da alma ao corpo.
Santo Agostinho narra sua história de conversão no livro Confissões. Enquanto estava sentado embaixo de uma árvore, ele ouviu uma voz que dizia: “Toma e lê”. Foi então que Santo Agostinho, ao ler Romanos 13.13-14, converteu-se definitivamente ao cristianismo.
O que é o mal na filosofia de Santo Tomás de Aquino?
Santo Tomás de Aquino ensina que, de um modo geral, o mal é uma ausência ou falta do que deveria ser. Tecnicamente falando, chamamos isso de privação, então o mal não é um ser ou está na natureza. É a ausência de algo.
O mal é o nosso distanciamento de Deus. Santo Agostinho categoriza o mal em três formas: ontológico, físico e moral, onde respectivamente representam o ser enquanto ser, a moralidade e o sofrimento no mundo.
A Igreja nos ensina que, embora a fé supere a razão, “não poderá nunca existir contradição entre a fé e a ciência, porque ambas têm origem em Deus”. É o mesmo Deus que dá ao homem seja a luz da razão seja a luz da fé. “Crê para compreender; compreender para crer” (Santo Agostinho).
A Bíblia não detalha filosoficamente a origem do mal, mas deixa claro que Deus não criou mal e o pecado. Nas Escrituras, Deus jamais é responsabilizado pelo mal. Tiago escreve que Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (Tiago 1.13).
O Maniqueísmo de Fausto e Agostinho tinha traços do de Mani, mas era já filosófico, relativamente mais cristianizado (ou, poderíamos dizer, mais católico) e relativamente iluminista. O que estava em jogo não era confrontar tradições religiosas, mas levar sabedoria aos cristãos.
O que é a Doutrina do mal em Santo Tomás de Aquino?
O mal é ausência do Bem supremo que é o próprio Deus. É, do mesmo modo, falta de um bem menor (na escala de perfeição) que deveria fazer-se presente na natureza do ser. Enquanto falta ou ausência, o mal é imperfeição e, portanto, não pode ser considerado como uma substância, mas apenas acidente do ser.
1 Qualquer coisa que causa prejuízo ou pode ferir; infelicidade. 2 Tudo o que se opõe ao bem ou que é indesejável. 3 Qualquer circunstância de efeitos catastróficos. 4 Atitude que denota maldade.
“Mal” é uma palavra mais comum no nosso vocabulário do dia a dia. Vale ficar atento ainda sobre as flexões das duas palavras. “Mal”, como substantivo no plural, torna-se “males”. “Mau”, como adjetivo feminino, vira “má” e, como plural , tem “maus” e “más”.
Para Santo Agostinho, a razão natural é concedida por Deus aos homens para que conheçam a verdade. Outro meio mais elevado é a Revelação. Assim se conhece a verdade pela fé, meio que alcança o que a racionalidade não dá conta.
Para a Igreja, Santa Mônica e Santo Agostinho representam o poder da oração, a esperança. “Ela representa todas as mulheres de fé, de oração e ele, a esperança. O grande problema das pessoas é achar que santo é quem nunca pecou e isso é uma ideia errada. A Igreja nunca coloca como santa uma pessoa que nunca pecou.
Santo Agostinho - filósofo, teólogo, místico, pastor e defensor dos pobres - é também fonte de inspiração do estilo de vida da Ordem dos Agostinianos Recoletos. Mas você conhece sua história? Sabe como um pecador tornou-se um dos grandes santos de todos os tempos da Igreja Católica?