Porém, ao contrário da metáfora, na analogia é necessário que encontremos pontos de semelhança entre as ideias comparadas. Do grego allegoría, a palavra significa “dizer o outro”, isto é, explicar algo a partir da sua subjetividade, dar a sua interpretação sobre algo.
A analogia consiste na tendência inovadora que uma palavra exerce sobre outra, aparentada pelo sentido, pela forma ou pela função gramatical. É o caso do primeiro exemplo. A metáfora é o fenómeno pelo qual uma palavra é empregada por semelhança real ou imaginária: os dentes do pente, o pé da mesa, o fumo da glória.
A analogia também demanda atenção no uso. Ao contrário da metáfora, ela é mais objetiva e, para fazer sentido, necessita de uma explicação razoável e um bom entendimento das características que unem as duas ideias comparadas.
Em outras palavras, a comparação utiliza expressões (“como”, “parecer”, “tanto quanto”), enquanto a metáfora não as utiliza, como se “transformasse” um conceito no outro valendo-se da linguagem figurada para isso. Veja a diferença nos exemplos: O pelo do meu cachorro é macio como um tapete felpudo.
Algo análogo é algo parecido, baseado em algo semelhante. Outro significado para analogia é o de ser o processo de formação de palavras a partir de outras que já existem. Se uma criança, por exemplo, diz “fazeu” está fazendo uma analogia a partir de outros verbos conhecidos como “comeu”.
Uma alegoria é aquilo que representa uma coisa para dar a ideia de outra através de uma ilação moral. Um bom exemplo em português é-nos apresentado pelo Padre Antônio Vieira: "Notai uma alegoria própria da nossa língua.
O eufemismo é uma figura de linguagem usada para suavizar ou atenuar uma ideia que poderia ser considerada rude, desagradável ou chocante. “Ele passou para o outro lado” (em vez de “ele morreu”). “Está com sobrepeso” (em vez de “está gordo”). “Ela está em um momento delicado” (em vez de “ela está doente”).
“A comida demorou tanto que eu até morri de fome!” Há hipérbole no exagero ao se afirmar que a fome tirou a vida da pessoa. “Eu corro mais rápido do que um carro!” Há hipérbole no exagero ao se afirmar que a velocidade da pessoa é maior do que a de um carro.
A metonímia é uma figura de linguagem usada para substituir um termo por outro relacionado, geralmente quando o termo que remete a uma parte passa a ser empregado como o todo. Ouça o texto abaixo! Metonímia é a figura de linguagem utilizada para substituir um termo por outro, “emprestando” o seu sentido.
Também chamada de “prosopopeia”, consiste na atribuição de características humanas a seres irracionais ou a coisas. Exemplos: A galinha disse ao pintinho que ele ficaria de castigo no canto do galinheiro e sem dar um pio.
A sinestesia ocorre quando há o uso de sensações de diferentes órgãos do sentido em uma expressão. Ou seja, essa figura de linguagem está ligada aos sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato. Veja o exemplo: Julia tinha um cheiro doce característico.
[ Retórica ] Substituição de um nome próprio por um nome comum ou de um nome comum por um nome próprio (ex.: há antonomásias no uso de o Historiador por Alexandre Herculano ou de Hipócrates por médico).
Catacrese: é uma figura de palavra que ocorre quando, na falta de um termo específico para designar um conceito, utiliza-se outro por empréstimo a partir de alguma semelhança de conceito. Veja mais alguns exemplos: Todos embarcaram no trem. Serraram o pé da mesa.
Dedução tem a sua origem no latim deductione, que significa "conduzir" ou "extrair". Consiste num processo de raciocínio, em que numa afirmação a conclusão é alcançada a partir de um conjunto de premissas em consequência de regras lógicas ou "regras de inferência".
1. Disposição de linhas, raios luminosos ou eléctricos que se dirigem para o mesmo ponto. 2. [Figurado] Tendência de várias coisas para se fixarem num ponto ou se identificarem.
O pleonasmo é a repetição de uma mesma ideia no enunciado pelo uso de palavras diferentes que trazem o mesmo sentido. Ele pode ser considerado uma figura de linguagem ou um vício de linguagem, a depender da intenção do enunciador ao produzir a repetição no discurso.
Eufemismo é uma figura de linguagem, ou de pensamento, caracterizada por suavizar a informação de um enunciado. Portanto, é usado, principalmente, em contextos formais ou nas situações em que o enunciador pretende ser agradável, preocupado em não ofender interlocutores ou ouvintes.
Antítese, uma das figuras de linguagens, é a responsável por representar os opostos das coisas. Alguns exemplos básicos de antíteses são as palavras "amor" e "ódio", ou "bom e "ruim", ou ainda "céu" e "inferno". A palavra antítese vem da língua grega, e quer dizer "oposto à criação" ou "contra".