Risco de inadimplência: Uma das principais desvantagens de aceitar cheques como forma de pagamento é o risco de inadimplência. Um cheque pode ser devolvido por falta de fundos, o que pode levar a perdas financeiras e tempo perdido na tentativa de recuperar o pagamento.
Como o cartão, porém, a utilização do cheque tem suas desvantagens, a começar por certa falta de praticidade. Andar com um talão na bolsa não é muito seguro. A possibilidades de fraudes são maiores com o cheque. A conferência com a documentação e a consulta podem fazer o consumidor perder tempo no estabelecimento.
Isso porque ele funciona bem como uma moeda corrente e, diferentemente dos cartões de crédito e de débito, não têm cobrança de taxa. Além disso, o cheque permite o parcelamento de uma compra sem ter que usar o limite do cartão de crédito, por exemplo.
Se você precisa realizar transações de valor mais alto, o cheque se destaca como uma ótima opção por oferecer a garantia real de pagamento. Essa segurança é especialmente importante em negócios de grande escala ou transações significativas, em que a confirmação de recebimento é essencial.
Fabio Takimoto, assessor técnico da Febraban, lembra que alguns consumidores, sem acesso ao crédito, continuam recorrendo ao cheque, especialmente para parcelamentos. “Muitos comerciantes ainda preferem receber pagamentos assim, para evitar as taxas das maquininhas de cartão.
Ou seja, a derrocada do cheque ocorreu paralelamente a um período de forte inclusão financeira no país. Segundo o diretor de Operações da Febraban, Walter Farias, o fator decisivo para o abandono do cheque foi a popularização dos meios de pagamento eletrônicos.
O uso de cheques representa atualmente 0,5% das formas de pagamento pela população, mas não há previsão sobre seu fim. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o uso de cheques caiu 18% no ano passado, num acumulado de queda que chega a 96% desde 1995.
Quais são as vantagens e desvantagens do uso de cheques como forma de pagamento?
A aceitação de cheques como forma de pagamento tem vantagens e desvantagens significativas para os empresários. Enquanto oferece acessibilidade e taxas de processamento reduzidas, há riscos de inadimplência, tempo de compensação prolongado e falta de segurança.
O cheque só pode ser emitido ao portador (sem a indicação do beneficiário) até o valor máximo de R$100,00. Quando ultrapassado este valor o cheque obrigatoriamente deve conter a indicação do beneficiário (pessoa ou empresa a quem está efetuando o pagamento).
Opção para transações de alto valor: enquanto cartões de crédito e pagamentos eletrônicos são ideais para transações cotidianas ou de valores menores, os cheques ainda são uma escolha popular para transações de valor mais alto, como pagamento de contas comerciais e acordos financeiros mais substanciais.
A legislação brasileira apenas determina que todo estabelecimento comercial deve aceitar pagamento em dinheiro. Não existe nada que obrigue o fornecedor a aceitar cheque ou cartão como forma de pagamento. O comerciante pode optar por não aceitar. Nesse caso, apenas deve deixar a informação clara.
Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio, após efetiva emissão. Utilizado na devolução de cheque efetivamente emitido pelo cliente, objeto de sustação ou revogação realizada mediante declaração firmada pelo emitente ou beneficiário relativos ao roubo, furto ou extravio.
Os cheques “não à ordem” são emitidos com a indicação do beneficiário. Nesse caso, a pessoa só receberá o valor pago se o beneficiário estiver indicado. Esse é um dos tipos de cheque mais seguros, porque o endosso não pode ser feito a outra pessoa a não ser a indicada no documento.
Ao contar com o cheque especial como parte fixa do seu orçamento, fica “mais fácil” equilibrar as contas e sair das dívidas. Contudo, ele é um recurso temporário e emergencial que, se usado com frequência, pode comprometer sua renda com juros e taxas, prejudicando seu planejamento financeiro a longo prazo.
O cheque é regulado pela lei 7.357/85, que o define como um “título de crédito que representa uma ordem de pagamento à vista". Ele também é uma espécie de acordo de confiança do pagamento, porque não dá para ter certeza se há saldo na conta do emissor para compensar o cheque.
Art . 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.
O Motivo 11 representa a ausência de saldo suficiente na conta para honrar o valor do cheque emitido. Isso pode acontecer por diferentes razões, como falta de controle sobre as finanças, movimentações bancárias inesperadas ou falhas no acompanhamento de débitos.
É necessário comparecer ao guichê do caixa da agência informada no cheque, portando documento de identificação com foto. Se houver a indicação de beneficiário no cheque (cheque nominal), apenas ele poderá fazer o saque ou terá que endossar (colocar o nome de quem receberá o cheque e assinar).
São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra, como opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, analisa ...
Os bancos não são obrigados a aceitar cheque para o pagamento de boleto. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, mas não tem curso forçado como a moeda. A aceitação de um cheque não é obrigatória.
O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020 são os principais fatores que explicam a significativa redução observada em quase 30 anos de uso do cheque.