No Brasil, o mais recente ciclo de alta começou em 18 de setembro de 2024. Desde então, a Selic subiu quatro vezes consecutivamente, de 10,5% para 13,25%.
Por que juros reais no Brasil são os maiores do mundo, mesmo com corte na Selic
Qual o país com a maior taxa de juros do mundo?
O Brasil assumiu a liderança do ranking com maiores juros reais do mundo após a Argentina anunciar o corte nas taxas básicas, segundo relatório do MoneYou publicado nesta sexta-feira (31).
Boletim do Banco Central aponta leve alta na previsão de crescimento do PIB, indicando manutenção do ritmo econômico. O Brasil é o país com a maior taxa real de juros do mundo, aponta um ranking da consultoria MoneYou atualizado nesta sexta-feira 31.
A cada 45 dias, ela vira notícia em todo o Brasil – seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A taxa Selic hoje está em 13,25% ao ano, depois da última decisão do Copom, realizada em janeiro de 2025.
O atual patamar de juros reais é de 9,18% com alta de 1 ponto percentual, atrás apenas da Argentina, com 9,36%. Já a Rússia passa para terceira posição com juros reais de 8,91%.
A taxa básica de juros da Argentina recuou 104 pontos percentuais desde que o economista Javier Milei assumiu como presidente da Argentina, em 10 de dezembro de 2023. O libertário pegou o país com o juro-base em 133% ao ano.
Atualmente, a expectativa é de que a Selic termine o ano de 2025 em 15%, como citamos acima. Essas projeções levam em conta vários fatores, como a cotação do dólar, estimada em R$ 6 para 2025, e a inflação, medida pelo IPCA. De acordo com o Boletim Focus de 20/01, a inflação esperada para 2025 é de 5,08%.
Essa taxa é determinada por uma grande miríade de fatores como a taxa de impaciência intertemporal dos consumidores, a elasticidade de substituição intertemporal do consumo, a produtividade marginal do capital, o nível dos gastos do governo, entre outros fatores.
A Taxa Selic hoje está em 13,25%, valor fixado após a última reunião do Copom em 29 de janeiro – sendo o quarto aumento consecutivo. Em dezembro, o Copom aumentou a taxa de 11,25% para 12,25%.
O CDI hoje está em 13,15%. Ele é o Certificado de Depósito Interbancário, isto é, um título emitido para que os bancos façam empréstimos entre si a uma taxa. Esse número também funciona como balizador de investimentos de Renda Fixa. Hoje, o rendimento de 100% do CDI é 13,15% ao ano.
Em relação às próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em um ponto percentual na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 15% ao ano.
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição. A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano.
De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções.
Entre os dias 28 e 29 de janeiro de 2025, ocorreu a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen), responsável por definir a Selic, a taxa básica de juros.