Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o ano de 2024 deve sinalizar um abate em torno de 33,94 milhões de cabeças de bovinos, queda de 0,8% se comparado a 2023. Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!
Iglesias sinaliza que as condições para alta nos preços boi gordo julho 2024 ainda são favoráveis, considerando o atual quadro de oferta, somado ao forte ritmo de embarques, com volumes impressionantes de carne bovina exportada ao longo de junho.
Por essa perspectiva, podemos esperar que a arroba do boi gordo flutue entre estabilidade e alta em 2024. A escalada mais intensa, porém, deve começar somente em 2025. "A alvorada deve começar a acontecer em 2025, quando veremos o início da fase de alta do ciclo pecuário", finaliza Torres.
A pressão nas cotações deixa os pecuaristas menos capitalizados e a demanda por animais de reposição diminui. A arroba bovina segue em queda na maior parte do país, pressionada pelo alto volume de gado disponível para abate. Em consequência, o valor dos animais de reposição, como o bezerro e o boi magro, também recua.
Preço de bezerro e milho são Influências na arroba do boi em 2024
Qual é a tendência do preço da arroba de boi?
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.504,70. Em relação a maio de 2023, houve alta de 11,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Veja como deve ser 2024. As perspectivas para o mercado de boi em 2024 indicam que poderá haver mudanças no ciclo pecuário em relação ao ano anterior, como um declínio nos abates de animais e na produção de carne.
No entanto, apesar da valorização em comparação com janeiro de 2024, tanto o boi gordo quanto o bezerro apresentaram queda nas duas últimas semanas de maio de 2024.
Pegando como exemplo 2024, nós começamos com abates recordes, sempre em cima da casa dos 2 milhões, segundo os dados do MAPA para abates SIF. Isso demonstra um começo da indústria frigorífica bastante acelerado, com uma ociosidade que vem abaixo dos 25%, indicando que 2024 vem aí com uma produção de carne recorde.
O mercado atacadista tem preços mais fracos para a carne bovina neste início de semana. Conforme Iglesias, a posição dos estoques dos frigoríficos em meio ao arrefecimento do consumo na segunda quinzena do mês pressiona os preços da proteína animal.
Como foi 2022 O ano começou com boas perspectivas para a cotação da arroba do boi gordo. A cotação média em janeiro fora de R$331,33/@, preço bruto e a prazo, atingindo a máxima de R$342,00/@ em 9 março com média mensal de R$333,14/@.
O preço futuro do boi gordo mantém a escala de recuperação para a segunda metade de 2024, incluindo janeiro de 2025, com expectativa acima de R$250,0 por arroba em julho (2).
Um estudo sobre a sazonalidade entre 2015 e 2023 na relação de troca de bezerros por boi gordo revela que o período entre dezembro e fevereiro é a melhor época do ano para a reposição dos rebanhos.
Em resumo, o mercado do boi gordo no Brasil apresenta um cenário firme e positivo, sustentado por um robusto escoamento doméstico e exportações aquecidas, com projeções otimistas para o segundo semestre de 2024.
Já para a vaca gorda, a cotação caiu R$3,00/@ na comparação diária. O boi gordo está cotado em R$217,00/@, a vaca em R$192,00/@ e a novilha em R$210,00/@.
Isso elevou a demanda por carne brasileira. O Rabobank, instituição financeira de origem holandesa voltada para o agronegócio, estima que a oferta de carne bovina no Brasil deve permanecer elevada em 2024.
As razões: baixo poder de aquisição dos consumidores. O economista Júlio Barcellos explica que o poder de compra do brasileiro ainda não se recuperou desde a pandemia e, mesmo com a queda no consumo, os preços da carne não tendem a subir e alcançar os valores registrados desde 2020.
Agora, o movimento otimista também se estendeu aos contratos futuros. Na B3, a última semana terminou com ajustes positivos para todos os contratos do boi gordo, com o vencimento para este mês cotado a R$ 233,35 por arroba, um incremento de 0,47%.
Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras e Mercado, a queda dos preços foi impulsionada por dois fatores principais: o grande descarte de fêmeas, que aumentou a oferta de animais no mercado, e a queda dos preços internacionais da carne bovina.