A falência da Varig também evidenciou a necessidade de uma gestão financeira sólida e sustentável. Falta de controle das despesas, de investimentos, do endividamento e a má distribuição do lucro (como no caso dos benefícios a um grupo seleto de funcionários) marcaram a trajetória de declínio da companhia.
Com dívidas e custos em dólar, a empresa acumulou passivos no final do século 20. A crise na Varig atingiu a operação a partir de 2003. A empresa não pagava o "aluguel" dos aviões e teve sua frota confiscada aos poucos. Sem dinheiro para operar, a empresa pediu recuperação judicial em junho de 2005.
A companhia aérea entrou na Justiça para ser indenizada em 1993. Segundo a AGU, os prejuízos à Varig teriam sido causados pela política tarifária instituída no país de 1985 a 1992, durante o Plano Cruzado, que resultou no congelamento de preços de passagens aéreas.
Fundada em 1927, a empresa expandiu suas operações internacionalmente, conectando o Brasil ao mundo. No entanto, a partir da década de 1990, enfrentou uma série de desafios financeiros, culminando em sua falência e encerramento das operações em 2010.
Em 1986 a VARIG contestou o congelamento tarifário realizado durante o governo do presidente José Sarney, por meio do Plano Cruzado, o que deu início a um embate judicial que perdurou por mais de 30 anos.
Com 29 anos de história, a antiga Passaredo é considerada a companhia aérea brasileira mais antiga em operação, mas sua trajetória foi marcada por reveses econômicos ao longo dos anos.
O presidente da Agencia Nacional de Aviacao Civil , Milton Zuanazzi, anunciou que a Varig voltou a operar, a partir das 14 horas do dia 21, com oito aeronaves em cinco rotas nacionais e cinco internacionais.
Até o inicio de julho de 2006 a VARIG estava reduzida a uma frota de dez aeronaves e sete destinos. Em julho de 2006 a Varig foi dividida em duas empresas. A nova foi leiloada e vendida para a Volo Brasil, que continuou a operar com a licença da Varig até obter a sua própria licença para operar.
Há exatos 17 anos, às 18h48, o Brasil registrou a maior tragédia da aviação brasileira: o acidente com o Airbus A-320 da TAM em São Paulo, no aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital. 199 pessoas morreram, das quais 12 em solo.
A origem do problema financeiro enfrentado pela Gol vem da crise que atingiu em cheio o mercado de aviação civil em todo mundo durante a pandemia da Covid-19. A Gol encerrou o terceiro trimestre do ano passado com um endividamento de R$ 20,3 bilhões.
As condições precárias da infraestrutura aeroportuária dificultavam a operação. Nos primeiros meses de atividades, a VASP teve suas operações suspensas devido a fortes chuvas que inundaram o Campo de Marte, sendo retomadas em 16 de abril de 1934.
No começo do ano de 2009, em meio a uma crise financeira, entrou com pedido de recuperação judicial junto a Justiça de São Paulo. E em dezembro do mesmo ano foi anunciada sua aquisição pela TAM Linhas Aéreas por 13 milhões de reais. Em 28 de agosto de 2013 a empresa encerrou suas atividades.
A Gol Linhas Aéreas foi fundada em 2001 por Constantino Oliveira, mais conhecido como Nenê Constantino. Nascido em 1931, Constantino vem de uma família com raízes no transporte, inicialmente envolvida com o setor rodoviário.
A Varig destacou-se como a única companhia aérea brasileira a ter exclusividade na operação de rotas internacionais de longo alcance. Essa liderança perdurou por dezoito anos e chegou ao fim em 1991, durante o governo de Fernando Collor de Mello.
A Varig encerrou totalmente as atividades em 2010. O acordo é consequência de uma negociação mais ampla firmada em março de 2024, quando a União se comprometeu a pagar R$ 4,7 bilhões à massa falida da Varig.
O SIPAER concluiu que o acidente foi causado por erros cometidos pelos pilotos, no momento de repassar o plano de voo para a aeronave, e ao não verificar fatores importantes durante a viagem, como a leitura incorreta de proa pelo comandante e a confirmação dos dados incorretos pelo co-piloto.
A TAM e a chilena LAN anunciaram ontem a fusão de suas operações, que resultará na criação da maior companhia aérea da América Latina, sob a denominação Latam Airlines, com valor de mercado de US$ 12 bilhões, voos para mais 115 destinos em 23 países e aproximadamente 40 mil funcionários.
O retorno é possível, sim. Na opinião do sócio da consultoria de marcas Brand Finance Gilson Nunes, essa possibilidade é perfeitamente aceitável. Embora a Varig tenha entrado em crise e falido, sua estrela ainda tem força.
Os choques do petróleo de 1973 e 1978, assim como a desregulamentação, por mais desafiadores que fossem, afetaram todas as companhias aéreas de maneira semelhante. O mesmo aconteceu com o aumento das ameaças terroristas nas décadas de 1970 e 1980. A Pan Am era um alvo mais visível e ter um perfil tão alto não ajuda.
A companhia aérea Azul e a Abras, dona da Gol, assinaram nesta quarta-feira (15) um memorando de entendimento para iniciar as negociações para uma fusão. Caso a união se concretize, a nova empresa concentrará 60% do mercado aéreo no país.
O último voo regular ocorreu no dia 5 de janeiro de 1992, com um voo histórico e cheio de despedidas emocionadas. Em 1994 a VARIG lançou o seu programa de fidelidade Smiles, que logo se tornou o maior da América Latina.