O marquês de Pombal ordenou a expulsão dos jesuítas em 1759, e isso foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma e sem o controle da metrópole.
Qual foi o motivo da expulsão dos jesuítas do Brasil?
O grande poderio e influência dos jesuítas na América portuguesa foram contestados durante a administração pombalina (1750-1777), gerando um conflito de interesses entre a Companhia de Jesus e o governo, que culminou com a expulsão dos membros dessa ordem religiosa em 1759.
A falta de escravos negros fazia com que muitos colonos quisessem apresar e escravizar as populações indígenas. Os jesuítas se opunham a tal prática, muitas vezes apoiando os índios contra os colonos. Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena.
Resposta: No Brasil, foram destruídas porque representaram um entrave ao expansionismo europeu, devido ao alto grau de desenvolvimento e autossuficiência que adquiriram ao longe de 200 anos, além de serem acusadas de promoverem a subversão contra o domínio português no Brasil.
Obstáculo maior enfrentado pela Companhia foi a avidez dos colonos em escravizar os nativos. Os jesuítas resistiram em toda parte, sobretudo no século XVII, arrancando da Coroa leis proibitivas do cativeiro indígena.
O TRÁGICO DESTINO DOS APÓSTOLOS: o que aconteceu com eles? - PARTE 2
O que os jesuítas defendiam?
Os jesuítas são os padres da Societas Iesu (Companhia de Jesus, em português), religiosos da Igreja Católica cujo objetivo é converter todas as almas para o Cristianismo. A ordem foi fundada por Santo Inácio de Loyola, tendo sido oficialmente aprovada pelo Papa Paulo III em 1540.
A Ordem é dividida em três graus distintos: Diaconato (Diáconos), Presbiterato (Presbíteros/padres) e o Episcopado (Bispos), sendo este último grau a plenitude do sacramento.
Os jesuítas eram contra ou a favor da escravidão negra?
Isso acontecia porque os jesuítas posicionavam-se contra a escravização dos indígenas, pois enxergavam-lhes como grupo a ser catequizado. Assim, os colonos que escravizavam indígenas podiam sofrer problemas jurídicos devido à atuação dos jesuítas.
Em julho de 1640, os moradores da Vila de São Paulo de Piratininga se levantaram contra os jesuítas após eles divulgarem a decisão do Papa de proibir a escravidão indígena.
Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.
Como ficou a educação depois da expulsão dos jesuítas?
A metodologia eclesiástica dos jesuítas foi substituída pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica; criação de cargos como de diretor de estudos, visando a orientação e fiscalização do ensino; introdução de aulas régias, isto é, aulas isoladas, visando substituir o curso de humanidades criado pelos jesuítas.
Após ter expulsado os jesuítas de Portugal, obrigou-os também a sair do Brasil em 1760. Pombal proibiu a discriminação aos índios e elaborou uma lei favorecendo o casamento entre eles e portugueses. Finalmente, criou o Diretório dos Índios para substituir os jesuítas na administração das missões.
O principal objetivo era catequizar os índios. A catequização, no entanto, tinha efeitos colaterais que não interessavam aos conquistadores portugueses. Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita.
O marquês de Pombal ordenou a expulsão dos jesuítas em 1759, e isso foi uma tentativa da Coroa de centralizar a administração colonial e neutralizar a ação de ordens religiosas que atuavam na colônia de maneira autônoma e sem o controle da metrópole.
As aulas régias compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao Estado e não mais restritas à Igreja - foi a primeira forma do sistema de ensino público no Brasil.
Movido por um Iluminismo anticlerical raivoso, em 1759 Pombal promoveu a expulsão desses missionários de todos os territórios portugueses. Motivo: conspiração contra a Coroa. Seguindo esse exemplo, Carlos III da Espanha também expulsou os jesuítas de todas as terras espanholas em 1767.
Os jesuítas surgiram no contexto da Reforma Protestante. Em 1517, o monge católico Martinho Lutero pregou na porta da Igreja de Wittenberg 95 teses que criticavam a Igreja Católica, sobretudo a venda de indulgências.
O que mudou no Brasil com a expulsão dos jesuítas?
Com a expulsão dos Jesuítas, as comunidades indígenas ficaram desamparadas e desprotegidas, perdendo o suporte que recebiam dos missionários. Muitos indígenas foram expulsos das missões e acabaram sendo explorados pelos colonizadores em busca de mão de obra barata.
De acordo com as pesquisas de Franco, quando os religiosos emanciparam seus escravos, em 1871, somente os beneditinos tinham um total de 4 mil escravizados. "Eram três as principais ordens religiosas escravistas do Brasil: os jesuítas, os beneditinos e os carmelitas. Em menor escala, os franciscanos também", elenca.
Durante muito tempo foi propagado pela historiografia que os índios foram pouco escravizados, pois não se adaptariam ao trabalho sistemático das lavouras, sendo logo substituídos pelos africanos.
Essas leis eram consideradas insuficientes pelos abolicionistas, que demandavam o fim completo da prática da escravização de seres humanos. Antes da Lei Áurea, duas províncias do Império declararam a abolição da escravidão em seus territórios: o Ceará, em 25 de março de 1884, e o Amazonas, em 10 de julho de 1884.
Qual foi o Papa que proibiu o casamento dos padres?
O Direito Canônico, que rege a Igreja Católica, diz que padres não podem ter relacionamentos amorosos nem se casar. A prática existe, pelo menos, desde o século 11. Na história contemporânea, foi reafirmado pelo Papa Pio XII (1939-1958) e no Concílio Vaticano, em 1965.
O Diácono é responsável por cuidar da liturgia e estar em comunhão com tudo o que acontece na paróquia e participar diretamente do CMPP e outras pastorais. Porém, não pode, ao contrário do sacerdote, celebrar o sacramento da Eucaristia (Missa), confessar e nem administrar a unção dos enfermos.