Porque os jesuítas eram contra a escravidão indígena?
Além de os índios conhecerem muito bem o território brasileiro – o que dificultava a captura deles e facilitava a fuga –, os padres jesuítas tornaram-se empecilhos para a escravidão, pois defendiam a catequização dos índios.
Por que os jesuítas se opunham à escravidão dos indígenas?
Os portugueses encontraram inúmeras dificuldades em capturar indígenas para esse fim. Além destes conhecerem muito bem o território, os padres jesuítas tornaram-se empecilhos para a escravidão, porque defendiam os índios para serem catequizados. A Coroa só autorizava a escravidão indígena por meio da guerra justa.
Os jesuítas eram contra ou a favor da escravidão negra?
Isso acontecia porque os jesuítas posicionavam-se contra a escravização dos indígenas, pois enxergavam-lhes como grupo a ser catequizado. Assim, os colonos que escravizavam indígenas podiam sofrer problemas jurídicos devido à atuação dos jesuítas.
Qual era a intenção dos jesuítas em relação aos indígenas?
Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.
A primeira foi do marquês de Pombal, em 1755, com o Diretório dos Índios do Estado do Maranhão e Grão Pará, que seria estendida ao Estado Brasil, o território brasileiro extra-amazônico, dois anos depois. Aboliu a escravidão indígena.
Enfrentando diferentes realidades políticas ao longo dos séculos e a pressão do expansionismo colonial, apesar de sucessivas leis para limitar a escravidão de indígenas no Brasil e dos esforços dos jesuítas contra sua prática, esta só viria a extinguir-se definitivamente por ordem do Marquês do Pombal.
A Igreja Católica condenava o apoio à fuga de escravizados e negava eucaristia a quem facilitava isso desde a Antiguidade Tardia. O Papa Gregório I condenava os monastérios que facilitavam a fuga de escravizados, afirmando que eles eram consequência do Pecado original e da maldição de Cam.
O grande poderio e influência dos jesuítas na América portuguesa foram contestados durante a administração pombalina (1750-1777), gerando um conflito de interesses entre a Companhia de Jesus e o governo, que culminou com a expulsão dos membros dessa ordem religiosa em 1759.
Isso porque, em muitas partes do Brasil, os colonos procuravam, de todos os meios, escravizar os indígenas e, ainda, eram comuns os sequestros de indígenas pelos bandeirantes, por exemplo. Os jesuítas procuravam defender os indígenas nesse sentido, garantindo que eles não fossem escravizados pelos colonos.
Os jesuítas eram padres que pertenciam à Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja Católica que tinha como objetivo a pregação do evangelho pelo mundo. Essa ordem religiosa foi criada em 1534 pelo padre Inácio de Loyola e foi oficialmente reconhecida pela Igreja a partir do papa Paulo III em 1540.
Durante muito tempo foi propagado pela historiografia que os índios foram pouco escravizados, pois não se adaptariam ao trabalho sistemático das lavouras, sendo logo substituídos pelos africanos.
De acordo com as pesquisas de Franco, quando os religiosos emanciparam seus escravos, em 1871, somente os beneditinos tinham um total de 4 mil escravizados. "Eram três as principais ordens religiosas escravistas do Brasil: os jesuítas, os beneditinos e os carmelitas. Em menor escala, os franciscanos também", elenca.
A falta de escravos negros fazia com que muitos colonos quisessem apresar e escravizar as populações indígenas. Os jesuítas se opunham a tal prática, muitas vezes apoiando os índios contra os colonos. Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena.
Os jesuítas puseram-se decidi- damente a favor da liberdade dos índios, contra todas as aleivosias e injustiças dos colonizadores. Não eram, porém, como não o podiam naquele tempo, contra toda a forma de escravidão. Eles mesmos tinham escravos, índios e negros, para seus colégios e fazendas.
Essas leis eram consideradas insuficientes pelos abolicionistas, que demandavam o fim completo da prática da escravização de seres humanos. Antes da Lei Áurea, duas províncias do Império declararam a abolição da escravidão em seus territórios: o Ceará, em 25 de março de 1884, e o Amazonas, em 10 de julho de 1884.
Depois que o Brasil conquistou a sua independência, em 1822, o tráfico de africanos foi intensificado até a sua proibição definitiva, e, durante todo o período de existência desse negócio, o Brasil foi o país que mais recebeu africanos para a escravização no mundo.
Por que os indígenas eram chamados de negros da terra?
Negros da terra era como os portugueses apelidavam os escravos indígenas no Brasil. A palavra "preto" aparece no século X e designa uma pessoa de pele escura, mais particularmente originária da África subsariana.
Apesar da brutalidade, os povos indígenas resistiram de diversas formas. Rebeliões, fugas e alianças estratégicas entre diferentes etnias marcaram a luta contra a escravização. A resistência forçou os colonizadores a buscar alternativas, como a importação de africanos escravizados, a partir do final do século 16.
Qual era o objetivo dos jesuítas em relação aos indígenas?
O intuito principal dos jesuítas era de fato catequizar e não preservar a cultura ameríndia, por isso pretendiam substituir a música indígena pela cristã, “o que desde logo transformava a música em um dos instrumentos da colonização.”, como asserta José Ramos Tinhorão em seu célebre texto A deculturação da música ...
As missões ou reduções jesuíticas funcionavam como aldeamentos onde os padres viviam em meio aos índios. Estimulando-lhes a uma vida de trabalho, de oração e de formação. Nessas tribos, os padres em conjunto com os nativos produziam seu sustento e praticavam o comércio dos bens produzidos.
O principal objetivo era catequizar os índios. A catequização, no entanto, tinha efeitos colaterais que não interessavam aos conquistadores portugueses. Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita.
Em julho de 1640, os moradores da Vila de São Paulo de Piratininga se levantaram contra os jesuítas após eles divulgarem a decisão do Papa de proibir a escravidão indígena.
A Igreja Católica já teve três papas africanos. Vítor I (189-198), Melquíades (311-314) e Gelásio I (492-496) assumiram numa época de relações estreitas entre a Igreja e o Oriente.
Porque a Inglaterra queria o fim da escravidão no Brasil?
Os objetivos dos ingleses eram de caráter econômico, o capitalismo se consolidava na Inglaterra e também no restante da Europa. Não se aceitava a escravidão como forma de trabalho, pois o escravo não recebia salário e, portanto, não podia comprar qualquer tipo de produto.