O AFETO COMO PAIXÃOFreud concebe as pulsões como a base do advento do psiquismo, um ab quo do inconsciente, de onde tudo começa para o inconsciente, isto é, a estaca de origem de tudo o que de normal a patológico vai se grafar no corpo e no psiquismo do sujeito.
Outra perspectiva psicanalítica sugere que a paixão e o amor estão relacionados à busca pela integração do self. O amor pode ser visto como um processo de união com o outro, onde o indivíduo busca se fundir emocionalmente e psiquicamente com seu objeto de desejo.
De acordo com Sigmund Freud, o amor é um desejo inconsciente de se unir com outra pessoa, como uma forma de satisfazer nossas necessidades emocionais e de segurança.
Para Freud, o termo 'amor' é reservado para o movimento do eu na direção do objeto para além da relação de puro prazer. Ou seja, ainda que portando a marca do pulsional (sexual), o amor a ultrapassa. Lacan dirá que, quando se trata do amor, o que está em jogo é a suposição de um ser no outro.
Freud, que é provavelmente o maior defensor do inconsciente, diz: “Porque a essência do sentimento consiste em ser experimentado, ou seja, conhecido da consciência. Assim, para os sentimentos, sensações e afetos, desaparece inteiramente a possibilidade de inconsciente” (119, p. 135).
“O amor e a paixão fazem com que as amígdalas cerebrais passem a funcionar de forma diferente. Por isso, esses sentimentos podem trazer mudanças significativas nas emoções e atenção, uma vez que nosso controle cognitivo é prejudicado.
amar é querer o bem a alguém. Lacan, por outro lado, empreende uma separação fundamental entre o amor e a ideia do bem. O amor de transferência — ou, ousaríamos dizer apenas, o amor — ensina àquele que ama que há uma falta inscrita em seu desejo.
Para Freud (1905/1969), o primeiro encontro amoroso se dá no período da infância, particularmente na relação da mãe-bebê. Nesse sentido, a criança aprende amar as pessoas que a ajudam no seu desamparo. Assim, os cuidados maternos representam para a criança uma fonte de excitação e ao mesmo tempo de satisfação.
São dois os fundamentos da teoria psicanalítica: 1) Os processos psíquicos são em sua imensa maioria inconscientes, a consciência não é mais do que uma fração de nossa vida psíquica total; 2) os processos psíquicos inconscientes são dominados por nossas tendências sexuais.
Para Freud, o desejo é um movimento em direção à marca psíquica deixada pela vivência de satisfação primeira que acalmou uma necessidade, como a fome, no bebê. Através dessa inscrição mnêmica poderá então a criança reeditar a satisfação de forma alucinatória, nessa pouco duradoura autonomia que a alucinação fornece.
O enamoramento é um modo de acesso privilegiado ao real do amor, que é também uma experiência comumente partilhada pelo maior número de pessoas. Freud insiste sobre o caráter passional (Liedenschaft) e a vertente anormal desse tipo de amor, que ele coloca mais do lado patológico do que do normal.
Paixão (do latim tardio passio -onis, derivado de passus, particípio passado de patī «sofrer») é um termo que designa um sentimento muito forte de atração por uma pessoa, objeto ou tema. A paixão é intensa, envolvente, um entusiasmo ou um desejo forte por qualquer coisa.
Quando nos apaixonamos, nosso cérebro libera grandes quantidades de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. Essa liberação causa a euforia e a energia típicas dos apaixonados.
“O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver.” “Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.”
Se não ama, adoece", vai muito além do amor romântico, como você pode ter pensado inicialmente. Freud utilizou esta frase em sua obra "Introdução ao narcisismo", para discutir a importância do amor para o desenvolvimento do ser humano.
Apaixonar-se pela primeira vez traz uma explosão de hormônios. Coração acelerado, desejos sexuais, grande atração e euforia, tudo isso é desencadeado quando nos apaixonamos pela primeira vez por alguém , o motivo são os hormônios liberados em nosso corpo, dentre eles: adrenalina, oxitocina e dopamina.
Para Freud a paixão consiste num investimento da libido narcísica, de forma maciça, no outro, que por isso se transforma num objeto ideal. Com a idealização, o objeto amado torna-se absolutamente fascinante, e por isso atraente para aquele que ama.
264): “Amar é dar o que não se tem”. Para Freud, o amor não se constitui como uma pulsão componente da sexualidade, mas faz parte da organização sexual como um todo.
“Com a Psicanálise, Freud nos ensinou que os relacionamentos são sempre muito complexos e envolvem dificuldades, uma vez que, para que duas pessoas se relacionem, é necessário que ambas façam renúncias e abram mão da satisfação de muitos de seus impulsos”, afirma.
"A paixão, como descrita pela ciência, é um estado fisiológico, com sintomas psíquicos e físicos, em que há uma intensa atividade cerebral e hormonal muito semelhante à do vício por uma droga, como a cocaína.
Esse sistema todo envolve a ação de um neurotransmissor muito famoso, a dopamina - que também possui ações diversas no nosso corpo, mas durante a paixão está intimamente associada ao prazer e a motivação que citamos, e portanto, levando à recompensa.