O livro bíblico de Êxodo descreve o maná (no hebraico: מָן man) como um alimento produzido milagrosamente, sendo fornecido por Deus ao povo Israelita liderado por Moisés, durante toda sua estada no deserto rumo à terra prometida.
Ele substitui a expressão “maná” por “Palavra de Deus”, que era o significado desta figura, que não tinha a imagem exata, mas era sombra de um bem vindouro. O maná, portanto, é um tipo da Palavra de Deus: é o alimento que vem do céu para o sustento do seu povo.
Localizada na região central de Angola, no local é possível colher do chão o que os moradores chamam de “maná”. Trata-se de “flocos brancos” que servem de alimento e fazem parte da rotina daquela comunidade desde 1939.
O deserto simboliza a hostilidade, que na Bíblia representa a ocasião em que Deus põe a prova o seu povo, afim de aperfeicoá-lo (Sl 78; 95, 107). Isto serve para nos recordar que a nossa vida esta totalmente nas mãos do Senhor, e que neste mundo hostil dependemos exclusivamente Dele para sobreviver.
Enquanto o povo caminhava pelo deserto, Deus mandou uma nuvem para proteger os israelitas do calor do sol; à noite, mandou uma coluna de fogo para iluminar o caminho. Quando o povo pediu carne, Deus mandou codornizes e alimentou Israel com maná, o pão do céu.
Quais são as três lições que o deserto nos ensina?
No deserto nós aprendemos ser humildes.
O deserto é uma lixa de Deus que remove essa espessa e dura camada de orgulho com a qual nos vestimos nos momentos de prosperidade. Aprendemos com os desertos da vida que não precisamos dos “tapinhas nas costas”, dos aplausos, dos holofotes da glória humana.
Então o SENHOR Deus disse a Moisés: — Levante a mão para o céu, e cairá chuva de pedra em toda a terra do Egito. Cairá sobre o povo, sobre os animais e sobre todas as plantas do campo. Moisés levantou o bastão para o céu, e o SENHOR mandou trovões, chuva de pedra e raios sobre o país.
Na espiritualidade do povo de Israel, recordar a caminhada no deserto é renovar a certeza do amor de Javé que se manifesta na sua história. Essa lembrança é fonte de esperança, fortalece o povo em sua caminhada cotidiana, fazendo-o reviver a mesma experiência em todos os tempos.
Segundo o Êxodo, após a evaporação do orvalho formado durante a madrugada, aparecia uma coisa miúda, flocosa, como a geada, branca, descrita como uma semente de coentro, e como o bdélio, que lembrava pequenas pérolas. Geralmente era moído, cozido, e assado, sendo transformado em bolos.
A noção de Mana, fundante da magia e da religião, corresponde à emanação da força espiritual de um grupo e contribui para uni-lo. A Mana é, segundo Mauss, criador do vínculo social. Mana é comumente interpretado como a "substância da qual a magia é feita", além de ser a substância que forma a alma.
Qual era a aparência do maná? Era uma coisa pequena, redonda, miúda como a geada, e era branca (ver Êxodo 16:14, 31). Qual era o sabor dele? “Como bolos de mel” (Êxodo 16:31) ou como “azeite fresco” (Números 11:8).
O maná era um pão que caía do céu todas as manhãs durante os quarenta anos que o povo de Israel esteve no deserto. O maná deveria ser colhido diariamente, não podiam guardar para o dia seguinte. Obedecer e confiar O maná caiu do céu enquanto o povo permaneceu no deserto (Ex 16: 35).
Vara de Aarão foi a vara usada por Aarão para executar sinais prodigiosos diante de Faraó e que serviu como sinal de escolha para o sacerdócio por Deus quando da rebelião de Corá (Números 17:8).
EFA ou Baú, era uma medida judaica para grãos e às vezes para líquidos, equivalente a cerca de 22 litros, segundo os livros bíblicos dos Juízes (capítulo 6, versículo 19) de Rute (capítulo 2 versículo 17) e de Zacarias (capítulo 5, versículos 6, 7 e 10).
O deserto é a experiência da limitação e do dom amoroso de Deus ao seu povo (Nm 21,18). É um lugar em que, apesar da sequidão, há ainda uma fonte que jorra água (Gn 16,7). É onde se pode ver a glória de Deus amoroso sem obstáculos.
O Senhor pôs os filhos de Israel à prova no deserto por quarenta anos — O fato de terem comido maná lhes ensinou que o homem vive pela palavra de Deus — Suas vestes não envelheceram — O Senhor os castigou — Se eles servirem outros deuses, perecerão.
O maná apareceu como uma provisão para os israelitas durante uma época em que eles não podiam cultivar porque ainda não haviam chegado à terra que seria deles. Ainda, no livro de Êxodo, os israelitas eram instruídos a comer apenas o maná que surgia a cada dia, pois o mana armazenado “criava vermes e fedia”.
O deserto se alegrará, e crescerão flores nas terras secas; cheio de flores, o deserto cantará de alegria. Deus o tornará tão belo como os montes Líbanos, tão fértil como o monte Carmelo e o vale de Sarom.
No primeiro domingo do Tempo Quaresmal nos deparamos com o Evangelho que narra a ida de Jesus ao deserto e como Ele enfrentou as tentações. Santo Antônio em seu sermão sobre a liturgia deste domingo nos aponta as três tentações sofridas por Jesus: a da gula, da vanglória e da avareza.
Ele era alguém que gozava de autoridade, privilégios e regalias concedidos por Deus. Acontece que Lúcifer se rebelou contra Deus, desejando ser semelhante ao Criador (Is 14:13-14), sendo a primeira criatura na qual se originou o pensamento competitivo.
Em Mateus 24:30, Jesus diz: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as nações da terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Isso significa que Jesus voltará pessoalmente e será um evento visível para todos.
E o Senhor Deus ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.