A Bíblia reconhece que os desejos sexuais são naturais e podem ser uma fonte de alegria e realização dentro do contexto adequado. O Cântico dos Cânticos, por exemplo, celebra a beleza e a paixão do amor conjugal.
Muitas pessoas citam mal Mateus 5:28, alegando que ele equipara qualquer fantasia sexual à luxúria. O versículo diz: “Eu, porém, vos digo que qualquer que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela” (NVI).
Sim, eles são um convite ao pecado (essa é a definição de tentação). Mas não pecamos, a não ser que aceitemos o convite. Podemos ser invadidos por pensamentos sexuais o dia todo, mas enquanto não consentirmos voluntariamente neles, não há pecado. (Consentimento, de acordo com o Pe.
É normal que esses pensamentos indesejados ocorram eventualmente e basta ignorar que logo eles vão embora. Entender que não é real é a melhor forma de lidar com a situação. Gustavo Estanislau explica que esses pensamentos, geralmente, são associados a algum nível prejudicial de ansiedade ou estresse.
COMO LIDAR COM AS TENTAÇÕES SEXUAIS - ISRAEL SUBIRÁ | Podcast Jesuscopy
É pecado desejar a namorada do próximo?
A purificação do coração
A Igreja ensina que o mandamento “Não desejar a mulher do próximo” vai além da mera proibição de um ato físico. Ele também exige a purificação do coração e a prática da temperança.
Em 1 Coríntios 6:18-20, ele escreve: "Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete são fora do corpo, mas quem peca sexualmente, peca contra o próprio corpo.
O salmista fala: "Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita." (Salmos 16:11). O problema é quando o prazer é a força motriz de nossas vidas. A Bíblia diz: "Mas a que vive para os prazeres, ainda que esteja viva, está morta." (1 Timóteo 5:6).
Mateus (26,41), já alertaria sobre os riscos da carne: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca".
Fornicação, substantivo feminino, significa «ato de fornicar; prática sexual, coito, esp. com prostitutas». Em religião, é «ato sexual que não é entre cônjuges; o pecado da luxúria; pecado da carne» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).
Se pecados são coisas tão sérias a ponto de nos fazer perder o Paraíso, Deus deixaria claro que a masturbação é pecado se ela realmente o fosse, como faz com o adultério ou a fornicação. Mas a masturbação não é mencionada em nenhum momento da Bíblia como pecado, logo não é uma prática que mereça atenção do Senhor.
A atração física é real, mas mutável. Deus nos mandou apreciar a beleza que ele criou – encontrar homens (para mulheres) ou mulheres (para homens) fisicamente atraentes – e esse é um elemento real e importante em nossa busca pelo casamento e, eventualmente, em nosso progresso dentro da aliança.
Achar que masturbação é pecado ainda é um mito. O ato é considerado pecado para algumas religiões que não aceitam a relação sexual que não seja para fins de reprodução.
A intimidade física é uma dádiva divina, e a Bíblia nos encoraja a nos entregarmos um ao outro com amor e respeito. No livro de Cânticos, encontramos versículos que exaltam a beleza e a atração física entre o homem e a mulher.
Não há sujeito, mas tão somente um objeto. A linha que torna as carícias imorais num namoro obedece a um critério fundamental: o próprio corpo. Quando o corpo começa a sinalizar que está se preparando para uma relação sexual, é porque o limite foi ultrapassado.
Assim sendo, o sexo antes do casamento é pecado não porque a Igreja proíbe, mas porque fere a natureza humana. O homem, além de ser biológico, é também espiritual. Mais que buscar prazer, ele busca a felicidade; sendo que a felicidade só será encontrada mediante a vivência concreta do amor.
Desejar seu namorado ou namorada é desejar ter relações sexuais com essa pessoa. Mas sexo fora do casamento é pecado. E porque é pecaminoso desejar pecar, a luxúria é um pecado. A outra razão é que Deus só reconhece o casamento, não qualquer relacionamento consensual.
Para o obsessivo, então, o desejo é um pecado mortal que ele evita a todo custo, pedindo a Deus para não cair em tentação. A questão é que anulando o desejo do Outro, o obsessivo acaba anulando o próprio desejo, abrindo caminho para o gozo do Outro. A vida para esses sujeitos é bem dura.
Pensamentos e sonhos involuntários não são necessariamente pecaminosos, mas a indulgência deliberada em fantasias lascivas é considerada pecaminosa de acordo com os ensinamentos de Jesus.
Esse mandamento trata principalmente da concupiscência carnal, do desejo desordenado da mulher do próximo, ou do homem da próxima. Como Jesus comenta acima, não apenas a consumação do desejo (ter relações) é pecado. O simples desejo de uma pessoa que está compromissada com outra já é pecado.
A castidade deve ser vivida de acordo com o estado de vida, no matrimônio, na continência, na virgindade ou no celibato consagrado. Luxúria, masturbação, fornicação, pornografia, prostituição e violação são contrárias à dignidade humana e à sexualidade e, portanto, violam o mandamento da castidade.