O vírus possui 4 subtipos: HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4, sendo o primeiro sendo o mais comum e clinicamente relevante. O HTLV-1 é o causador de doenças como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) e a mielopatia associada ao HTLV-1, também conhecida como paraparesia espástica tropical (PET).
O vírus linfotrópico de células T humano do tipo 1, mais conhecido como HTLV, é um retrovírus da mesma família do HIV e pode causar doenças graves, como câncer e desordens neurológicas. Atualmente, estima-se que há no país entre 800 mil e 2,5 milhões de pessoas portadoras do vírus.
Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão algumas doenças associadas a esse vírus, entre as quais podem-se citar: doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas (ex.: leucemia/linfoma associada ao HTLV).
É uma doença maligna das células T periféricas, associada à infecção pelo HTLV-1. Essa forma de leucemia não responde à quimioterapia e é, geralmente, fatal. A doença ocorre em aproximadamente 5% das pessoas infectadas.
O HTLV não tem cura e, muitas vezes, os pacientes que são infectados com o vírus não apresentam sintomas. No entanto, as doenças que comumente surgem no indivíduo em decorrência de uma infecção desse vírus podem ser tratadas com a ajuda de um médico, por meio do uso de determinados medicamentos.
Qual é a possível consequência da infecção por HTLV-1?
O vírus HTLV-1 é um retrovírus que estimula a proliferação de linfócitos humanos. Nesse sentido, esse vírus pode desencadear o desenvolvimento de câncer, uma doença decorrente da proliferação descontrolada de células no corpo humano.
A aposentadoria por invalidez, muitas vezes precoce, mostra que o HTLV impacta diretamente o trabalhador, na medida que o limita e o incapacita, retira esse indivíduo do mercado de trabalho ainda em idade produtiva e causa repercussões nas condições materiais de vida e na sua subjetividade.
As rotas de transmissão do HTLV-1 e HTLV-2 são: transmissão vertical (de mãe infectada para o filho) durante a amamentação e raramente durante a gestação; relação sexual desprotegida (sem uso de camisinha) com parceiro infectado, compartilhamento de seringas e agulhas (figura 1).
Apesar de não interferir no curso da gravidez, HTLV1 está associado a elevadas taxas de transmissão vertical pela amamentação, via transplacentária, ou durante a passagem do feto pelo canal do parto, sendo até 5% intraútero e até 30% pela amamentação.
Recomenda-se o uso de preservativo masculino ou feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde) em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas, agulhas ou outros objetos perfuro cortantes.
Histórico de transfusão de sangue: aguarde um ano após o procedimento. HIV/AIDS: impede a doação de sangue em definitivo. HPV: aguarde um ano após o tratamento. Infecção por HTLV: impede a doação de sangue em definitivo.
Sintomas que demoram a se manifestar. O tempo médio estimado entre a infecção por HTLV-1 e o desenvolvimento de doença é longo e geralmente ocorre por volta da quarta década de vida, podendo o indivíduo infectado permanecer apenas como portador assintomático.
Apesar de muito raramente poderem ocorrer transmissões durante a gravidez e em alguns doadores de órgãos, o câncer geralmente não é uma doença transmissível.
Os pacientes com manifestações neurológicas comprovadamente associadas ao HTLV deverão ser idealmente acompanhados em serviço médico que disponha de neurologista clínico.
A leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) é tipo agressivo de doença linfoproliferativa causada pelo vírus linfotrópico para células T humanas (HTLV-I), geralmente fatal e que não responde a quimioterapia. Classifica-se em formas aguda, crônica, linfomatosa e indolente (smoldering).
O HTLV do tipo 1 pode causar uma doença neurológica crônica e grave chamada Paraparesia espástica tropical ou Mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM), que pode comprometer o movimento das pernas e o controle da bexiga.
Cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HTLV desenvolvem problemas de saúde relacionados com o vírus. Nesses casos, a infecção pode evoluir para quadros neurológicos degenerativos graves e outras manifestações até mesmo fatais como leucemias e linfomas, geralmente 40 a 60 anos pós-infecção 1.
Da mesma forma que o HIV, o HTLV é transmitido por via sexual (relações sexuais desprotegidas), nas transfusões de sangue, pelo uso compartilhado de seringas e agulhas e da mãe para o filho durante a gestação ou parto — risco mais baixo — ou por aleitamento — alto risco.
Quais profissões um soropositivo não pode exercer?
O coordenador nacional para a Infecção HIV/sida, Henrique de Barros, afirma que não há nenhuma profissão em que seja obrigatório. Apenas é exigido o teste em casos como, por exemplo, os de dadores de sangue, sémen e óvulos.
Diferentemente do HIV, no entanto, o HTLV não leva à AIDS, mas pode causar outras doenças graves, como leucemia e outros tipos de câncer e problemas neurológicos. No entanto, na maioria das vezes, as pessoas infectadas não apresentam nenhum sintoma ou manifestação.
Entre elas, destacam-se as complicações neurológicas, dermatológicas, reumatológicas, pulmonares, oculares, intestinais, hematológicas e osteomusculares. Como vimos na Aula 1, o HTLV-1 infecta principalmente os linfócitos T CD4+ integrando seu material genético ao DNA da célula hospedeira.
Os benefícios do aleitamento materno são extensos e bem conhecidos. Contudo, em algumas situações médicas ele é contraindicado, como na infecção pelo vírus linfotrópico de células T hu- mano do tipo 1 (HTLV-1).
Outra possível causa de resultados falso-positivos pelo ELISA é a reação cruzada com os anticorpos contra os antígenos do sistema de histocompatibilidade (HLA), já que os lisados virais podem conter antígenos HLA da célula usada para propagar o vírus14.