Costa brasileira não tem condições favoráveis para ciclones tropicais evoluírem para eventos de maior magnitude. O Brasil é chamado de “ terra abençoada” por não ter eventos da magnitude de um furacão. Tamanha proteção também tem explicações científicas e não apenas divinas.
Historicamente, só um furacão foi registrado na história do Brasil. Chamado de Catarina, ele atingiu o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina em março de 2004. Na época, pelo menos 40 cidades foram atingidas.
Conforme o meteorologista, a formação de furacões não é frequente na América do Sul por conta da temperatura do mar. “Nós temos regiões de águas aquecidas, mas elas não são muito extensas, diferente da parte do Atlântico tropical ao norte da Linha do Equador”, afirma o professor do IAG da USP.
Uma pesquisa, realizada pela Faculdade de Oceanografia, da Universidade do Rio de Janeiro, aponta que, entre os anos de 2004 e 2016, ocorreram, no Brasil, dois ciclones tropicais e cinco ciclones subtropicais, constatando-se que a maioria dessas tempestades ocorre no litoral sul do país.
O Climatempo divulgou um alerta para a possível formação de um fenômeno conhecido como 'ciclone bomba' no Oceano Atlântico, que pode se aproximar do litoral Sul do Brasil na próxima terça-feira (12).
O primeiro tornado no Brasil com registro oficial do Inmet ocorreu em Santa Catarina, em 2009, quando ventos de 120 a 180 km/h atingiram 64 Municípios do estado e obrigou a Defesa Civil de Santa Catarina a decretar situação de emergência.
O Atlântico Sul não apresenta temperaturas maiores que 26ºC próximo à costa brasileira, o que impede a ocorrência de furacão. No Brasil, as massas de água oceânicas não apresentam temperaturas maiores que 26ºC, sendo essas registradas especialmente na Região Nordeste do país.
Podem ter centenas de quilômetros de diâmetro e durar alguns dias. A diferença entre furacão, tufão e ciclone, porém, é definida pelo local do globo onde o fenômeno se forma. Os ciclones tropicais que se formam na região do Caribe ou da América do Norte são conhecidos como furacões.
O Brasil está situado no centro da Placa Sul-Americana, o que indica uma posição relativamente confortável com relação a abalos sísmicos de elevada intensidade, capazes de desencadear tsunamis. O país, entretanto, não está livre da ocorrência de tremores de terra.
Os Estados Unidos são o país que mais registra fenômenos atmosféricos como os furacões e os tornados, e isso acontece por uma série de fatores que combinam a sua localização geográfica, a dinâmica atmosférica da América do Norte e os aspectos geomorfológicos da superfície do país.
Em 30 de setembro de 1991, por exemplo, a cidade de Itu (SP) foi atingida por um tornado apontado como um dos mais violentos já registrados no país. O fenômeno provocou 15 mortes e destruiu casas, plantações e torres de transmissão de energia.
Embora tremores sejam incomuns no Brasil, eles não são impossíveis. Os terremotos ocorrem a partir das movimentações das placas tectônicas, gigantes porções de terra que estão dispostas no globo. Quanto mais próximo o encontro de duas placas, maior é a chance de terremotos, como ocorre no Japão e no Chile.
A costa brasileira não reúne condições ideais para a formação desse tipo de evento climático. A começar pela temperatura do Oceano Atlântico que chega no máximo a 26°C. As águas precisam ser mais quentes, acima dos 27 °C, e coincidir com ventos, vapor de água e mudanças de pressão.
Tufão Tip. O Tufão Tip é considerado o ciclone tropical mais intenso registrado na história moderna. Ele atingiu seu pico de intensidade em outubro de 1979, no oeste do Oceano Pacífico. A pressão central mínima do tufão chegou a 870 hPa, a mais baixa já registrada para um ciclone do tipo.
O temporal que atingiu a cidade de São Paulo e municípios satélites na sexta-feira (11) deixou mais residências sem luz do que o furacão Milton que passou pelo estado da Flórida, nos EUA, na última semana.
Em janeiro de 2010, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) certificou-se que esse valor foi superado por uma rajada de 408 km/h registrada na Ilha Barrow (Austrália), durante a passagem do ciclone tropical Olivia. Este é o recorde absoluto de rajada de vento atualmente.
As chances de um furacão atingir o Brasil são quase inexistentes, devido à falta de condições meteorológicas necessárias para a formação desses fenômenos. A temperatura do oceano é um dos principais fatores para a formação de furacões, sendo necessário que a água do mar esteja acima de 27 °C.
Já os furacões podem durar vários dias e se deslocar por longas distância — o que faz com que alguns deles cheguem até a costa. A sua intensidade é medida de acordo com a pressão no centro, ou seja, no olho do furacão, e a velocidade dos ventos.
Sand afirma também que nunca foi registrado um tsunami no Brasil. O professor explica ainda que as características das placas tectônicas sul-americana e africana, que se encontram no Atlântico, não geram tsunamis, já que estão se afastando uma da outra. As ondas gigantes surgem quando uma placa passa por cima da outra.
"O Brasil está fora das rotas típicas de formação e deslocamento de furacões no Atlântico. A maioria dos furacões se formam na costa africana, seguindo em direção ao Caribe e aos Estados Unidos, passando longe da América do Sul.", explicou Yasmim. Portanto, podemos ficar tranquilos!
Ocorreram 2 ciclones tropicais e 5 ciclones subtropicais no Brasil, de 2004 a 2016. Dentre eles, apenas o furacão Catarina atingiu território nacional. Por outro lado, além do Catarina, as tempestades subtropicais Cari e Eçaí também causaram danos à sua passagem.