Em 4 de julho de 1916, o aspirante Euclides da Cunha Filho tentou vingar a morte do pai e também acabou morto. Dilermando foi absolvido nos dois casos por legítima defesa. Com a saúde frágil, comprometida por uma tuberculose crônica, Euclides teve uma vida de glórias e tragédias pessoais e coletivas.
Contraiu malária em Manaus e, ao retornar da Amazônia, voltou a manifestar sintomas de uma antiga tuberculose. Apesar de doente, trabalhou no gabinete do barão do Rio Branco, escreveu artigos para o Jornal do Commercio e publicou mais um livro, Contrastes e Confrontos.
Hoje, o cérebro do escritor está preservado numa espécie de tumba na Casa Euclides da Cunha, na cidade de Cantagalo, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde nasceu.
Euclides da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1866, em Cantagalo, no Rio de Janeiro. Ficou órfão de mãe, morta por tuberculose, quando ele tinha três anos de idade. Passou a viver com os tios. Em seguida, durante um ano, residiu na casa de sua avó paterna, que vivia na Bahia.
Ana tinha três filhos com Euclides e 33 anos de idade quando se apaixonou pelo jovem cadete do Exército Brasileiro, Dilermando, que tinha apenas 17 anos. O caso durou quatro anos e Ana chegou a ter dois filhos com ele, Mauro, que morreu cerca de uma semana depois do nascimento, em 1906 e Luís, em 1907.
A Tragédia da Piedade, que ficou conhecida com esse nome por ter ocorrido no bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, se refere à morte do escritor Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, que foi até a casa do amante de sua esposa, Dilermando de Assis, para tentar matá-lo, e acabou sendo morto por ele por legítima defesa.
Em 15 de agosto de 1909, o escritor chegou armado à casa de Dilermando para vingar sua honra. Travou-se um duelo, e Dilermando levou cinco tiros - mas era campeão de tiro, revidou, e matou Euclides da Cunha. Dilermando foi absolvido por legítima defesa, mas foi condenado pela imprensa da época e pela opinião pública.
Figura carismática, Antônio Conselheiro adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o Arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no Sertão baiano, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, indígenas e escravos recém-libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos.
Em oposição, Euclides era nacionalista e defendia que o Estado fosse protagonista no desenvolvimento político e econômico da Amazônia e que a região deveria ser ocupada sistematicamente por brasileiros, inclusive pelos seringueiros que vinham de outros Estados brasileiros e que, em sua visão, poderiam se fixar na ...
Em 15 de agosto de 1909, Euclides foi assassinado pelo jovem tenente Dilermando e Assis e seu corpo foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Na visão mais formalista de Euclides da Cunha, entretanto, sua existência teria sido aparentemente “corretíssima e calma”, e que, “Sob a disciplina rígida de um pai de honradez proverbial e ríspido, nunca se insurgiu, pois era um homem religioso, de decência inigualável” (Cunha, 1984, p. 99).
O que aconteceu com os filhos de Euclides da Cunha?
Os outros dois, Solon e Euclides Filho morreram de forma violenta: o primeiro, numa emboscada, na região do Acre, ao proceder a uma diligência policial; o segundo, morto por Dilermando de Assis, assassino de seu pai, na tentativa de vingar a sua morte.
A traição de Anna desencadeou uma tragédia em 1909, quando Euclydes entrou armado na casa de Dilermando declarando estar disposto a matar ou morrer. Dilermando reagiu e matou Euclides, mas foi absolvido pela justiça militar.
O crime que vitimou o grande jornalista e escritor Euclides da Cunha foi praticado pelo oficial do exército Dilermando de Assis, em legítima defesa à uma conduta que, por sua vez, constituiria, em tese, um homicídio passional, caso típico de legítima defesa da honra.
Canudos é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a uma altitude de 402 metros e encontra-se inserido no Polígono das Secas e no vale do rio Vaza-Barris. O município possui uma área de 3.565,377 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 16 832 habitantes.
Em 1º de dezembro de 1902, ocorreu a primeira publicação de Os sertões, obra mais famosa do escritor e jornalista fluminense Euclides da Cunha. O livro, que acaba de completar 120 anos de lançamento, é reconhecido por fazer um retrato da Guerra de Canudos (1896-1897), conflito ocorrido no interior da Bahia.
O escritor Euclides da Cunha foi uma das dramatis personae do acontecimento, ao lado da sua esposa, Anna Emília, e do amante dela, Dilermando de Assis.
Euclides da Cunha foi e ainda é um dos maiores nomes da literatura brasileira. Contudo, uma das partes mais impressionantes na vida do autor de Os sertões foi a maneira na qual ele morreu: envolvendo tiros, traições e uma boa pitada de loucura.
Euclides de Alexandria, mestre, escritor de origem provavelmente grega, matemático da escola platônica, e conhecido como o Pai da Geometria, nasceu na Síria aproximadamente em 330 a.C. e realizou seus estudos em Atenas.
Anna Emília Ribeiro de Assis morreu no Rio de Janeiro aos 78 anos, em 12 de maio de 1951. Seis meses depois, em 13 de novembro, faleceu Dilermando de Assis, aos 63 anos, vítima de um infarto.
Entre 1831 e 1835, um tropeiro doou a Vicente Garcia uma imagem de Nossa Senhora da Piedade que, em louvor da qual, apressou-se em construir uma pequena Capela, que foi benta a 20 de maio de 1840, que hoje é considerado o dia da fundação da cidade.
Dilermando de Aguiar. Dilermando de Aguiar entrou para o serviço da Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana, como engenheiro-ajudante de primeira classe, passando depois; a ajudante de seção e a primeiro- engenheiro. Depois de passar a engenheiro-residente, foi nomeado diretor de rede, cargo no qual se aposentou.