O autor defendia uma política pragmática e realista, em vez de mera maldade ou engano. Aliás, Maquiavel acreditava que nem todos os meios são justificáveis! Por exemplo: em sua obra, ele pontua que o príncipe deveria evitar atitudes que o fizessem ser odiado, já que o povo poderia se revoltar contra o governo.
Em sua obra O Príncipe, defendeu a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo. Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno. Ele é, de fato, considerado o "pai da moderna teoria política".
Defensor do absolutismo e de ações duras e austeras por parte de um governante quando necessário, Maquiavel foi injustiçado ao entrar para a história como o patrono da expressão “maquiavélico”, utilizada para designar alguém capaz de tudo pelo poder.
Nicolau Maquiavel sabia que as decisões dependiam do contexto, por isso suas reflexões são inerentes à dinâmica do poder: é preciso aparentar ser bondoso, mas saber usar de violência.
Maquiavel (1998, p. 93) afirmou categorica- mente na obra O Príncipe: “Na conduta dos homens, especialmente dos príncipes, con- tra a qual não há recursos, os fins justificam os meios”.
Plato, Maquiavel considerou a religião, sobretudo, como condição indispensável para a manutenção da liberdade, para outros, como C. Cantú, o Secretário da República de Florença foi o fundador da doutrina do Estado ateu que forjou, sobre o modelo greco-romano, a nova civilização, suprimindo Cristo e o Evangelho.
Maquiavel analisa a sociedade de maneira fria e calculista e não mede esforços quando trata de como obter e manter o poder. As principais idéias de Maquiavel: -A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que governa, ainda que para isso ele tenha que derramar sangue.
A intenção da obra é ensinar aos príncipes como chegar ao poder e não perdê-lo, não perder seus territórios. Maquiavel enfatizou a necessidade de se ter boas armas e boas leis, além de comandar e defender os principados mais fracos que estiverem em torno do território principal.
Ele defende a ideia de que o fim justifica os meios, ou seja, os governantes devem usar qualquer meio necessário para alcançar seus objetivos políticos e manter seu poder, mesmo que isso envolva ações imorais ou antiéticas. Maquiavel também enfatiza a importância da astúcia, da manipulação e do realismo na política.
Mas não é porque não se encaixa na moral cristã que se pode dizer que Maquiavel era ateu ou não religioso. Inúmeras são as citações em seus textos de invocação feitas a Deus, ou interjeições e vocativos demonstrando sinal de respeito, e uma maneira de tratamento apropriado à época.
O pensador renascentista concluiu que ser temido é muito mais seguro do que ser amado. Isso porque, segundo ele, dos homens pode-se dizer que geralmente são ingratos, volúveis, dissimulados e ambiciosos. É claro que, enquanto se lhes faz o bem, tudo isso fica oculto sob a pele.
O que Maquiavel diz é que o príncipe deve agir de modo bruto quando for necessário. Para ele, se o rei se utiliza da brutalidade sem um motivo razoável, ele não só não está cumprindo seu papel, como também o está pondo em perigo e diminuindo sua autoridade perante o povo.
O termo “maquiavélico” sempre esteve associado à astúcia, falsidade e má-fé. Foi empregado, por exemplo, para caracterizar governos despóticos e políticos corruptos. Os dicionários apontam esse termo como “astuto”, “ardiloso”. De fato, o nome de Maquiavel foi considerado uma ameaça às bases morais da vida política.
O autor defendia uma política pragmática e realista, em vez de mera maldade ou engano. Aliás, Maquiavel acreditava que nem todos os meios são justificáveis! Por exemplo: em sua obra, ele pontua que o príncipe deveria evitar atitudes que o fizessem ser odiado, já que o povo poderia se revoltar contra o governo.
Há duas bases que sustentam o poder do príncipe em qualquer principado, explica ele: as boas leis e as boas armas. E as boas armas antecedem as boas leis. Como não pode haver boas leis onde não há boas armas, Maquiavel concentra sua atenção inicialmente no estudo da força.
Evoluindo seu pensamento, Maquiavel atribui as armas ao povo. Cria um exército cidadão, onde quem seria apto para portar as armas seria o próprio povo de um país ou cidade-Estado. O povo armado então é que seria um dos pilares de sustentação da república e que garantiria essas de ameaças internas e externas.
Maquiavel seria cristão – sobre isso não se põe dúvida – não por convicção espiritual, mas acima de tudo por ser esta a religião do seu tempo e de sua gente. Participava da mesma como membro de uma comunidade muito mais do que como crente convicto.
De um modo geral, Christie e Geis (1970) consideram que os indivíduos maquiavélicos tendem a ter uma relativa ausência de afeto nas relações interpessoais, não apresentam preocupação com a moral convencional, embora não sejam necessariamente imorais e demonstram baixo comprometimento ideológico.
Maquiavel pretendia que essa forma de conhecimento fosse aplicada também à política enquanto ciência do domínio dos homens e que tinha como pressuposto uma natureza humana imutável. Para ele, se há uniformidade nas leis gerais das ciências naturais, também deveria haver para as ciências humanas.
O intelectual Nicolau Maquiavel tratou principalmente sobre política na obra “O príncipe”, descrevendo como o governante deveria agir e quais virtudes deveria ter a fim de se manter no poder e aumentar suas conquistas.
Em "O Príncipe" (palavra que designa todos os governantes), a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder.
Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários.
Neste aspecto, fortuna seria a mudança dos tempos, os eventos aleatórios que acontecem sobre o destino de um homem ou de um estado que podem mudar os seus rumos. Enquanto que virtù seria a capacidade racional do homem de, sentindo a mudança dos tempos, agir sobre essa alteração para evitar de ficar sujeito a ela.