O diagnóstico para a pessoa histérica era conhecido como neurose histérica ou histeria de conversão. Hoje o diagnóstico é nomeado como transtorno dissociativo ou conversivo.
Atualmente, o termo histeria tem sido pouco utilizado, uma vez que pode causar confusão no momento do diagnóstico, além de poder resultar em preconceito, o que pode agravar ainda mais os sintomas apresentados pela pessoa.
Ainda hoje, pessoas diagnosticadas com histeria muitas vezes relatam episódios de abusos físicos ou sexuais – nem sempre reais, como Freud descobriu ao notar que fantasias dessa natureza também provocavam sintomas histéricos em suas pacientes.
Os principais sintomas são ansiedade excessiva, sintomas histéricos ou obsessivos, compulsão, fobias e depressão. Consta que a histeria se caracteriza como um transtorno mental com limitação da consciência e distúrbios motores ou sensoriais.
Histeria, Neurose Obsessiva e Fobia são três classes diagnósticas que pertencem a mesma ordem das neuroses de defesa porque têm em comum o recalcamento (Verdrängung) como operação formadora de sintomas.
O que é a histeria hoje? | Christian Dunker | Falando nIsso 54
O que significa histeria para Freud?
Com a teoria do complexo de Édipo, Freud reconhece que a sexualidade infantil é a causa das neuroses, entre elas a histeria, tendo a raiz nas experiências da criança, não necessariamente as reais, mas as de uma realidade psíquica, pautadas nas fantasias infantis e no complexo de Édipo.
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica fica tentando continuamente ser o centro das atenções e com frequência fica deprimida quando não é. Ela frequentemente é uma pessoa cheia de vida, dramática, entusiasmada e paqueradora e, às vezes, encanta novos conhecidos.
Hoje se pode dizer que a histeria mudou apenas o rótulo, pois o CID-10 adotou a cate- goria de transtorno somatoforme classificado com o código F45 para definir esta neurose que imita quase todas as doenças que ocorrem no gênero humano.
A histérica quer ser, quer gozar de ser o objeto causa de sua insatisfação. Na posição histérica, a mulher pode ser qualquer coisa para o Outro, desde que não seja objeto de gozo. Ela tem um grande interesse pelo desejo no Outro.
As mulheres consideradas histéricas apresentavam uma ampla gama de sintomas, incluindo ansiedade, falta de ar, desmaios, nervosismo, desejo sexual, insônia, retenção de líquidos, sensação de peso no abdômen, irritabilidade, perda de apetite e uma "tendência a causar problemas para os outros".
Quando Freud chega a Paris, a histeria já é um problema médico cuja gênese é atribuída à hereditariedade, às lesões ou inflamações do sistema nervoso que causam dano ou disfunção de seu funcionamento.
O tratamento da histeria normalmente é a psicoterapia, no entanto medicações também podem ajudar um pouco. A psicoterapia possibilita que a pessoa entenda seus próprios sentimentos e simbologias, além de aprender a lidar com eles coordenadamente.
A histeria era caracterizada por uma grande variedade de sintomas que, conforme a época, variavam de estados de abatimento, respiração ofegante, silêncio e até espasmos. Uma verdadeira colcha de retalhos – e todos os sintomas seriam provocados pelo útero, seus movimentos e alterações.
O CID F41. 0 é caracterizado por ataques de pânico, definido também como síndrome ou estado de pânico. Esses ataques recorrentes de ansiedade grave podem ser imprevisíveis, sem situações ou circunstâncias determinantes.
Como se chama uma pessoa que fala tudo o que pensa?
A logorréia ou logomania é um transtorno comunicativo em que a pessoa fala compulsivamente e tem um discurso incoerente. A logomania pode ser considerada tanto um transtorno quanto um sintoma de um outro transtorno. Ademais, pode ser considerada uma sequela de algum tipo de lesão cerebral.
Ou seja, na neurose obsessiva a pessoa conhece o trauma, embora não esteja ciente de sua significação. Em suma, o que parece haver é que o neurótico obsessivo tem a sensação de sempre ter conhecido essa causa, enquanto para o histérico, ela parece ter sido esquecida há muito tempo.
O CID F60 indica distúrbios graves da constituição caracterológica e das tendências comportamentais. Esses transtornos não são diretamente imputáveis a uma doença, lesão ou outra afecção cerebral ou a um outro transtorno psiquiátrico.
O diagnóstico para a pessoa histérica era conhecido como neurose histérica ou histeria de conversão. Hoje o diagnóstico é nomeado como transtorno dissociativo ou conversivo.
A histeria foi amplamente estudada por Freud como um transtorno caracterizado pela manifestação física de conflitos emocionais inconscientes, algo que hoje evoluiu para uma compreensão mais moderna no campo da psiquiatria e psicologia.
Enquanto o obsessivo camufla seu desejo, o histérico prefere brincar de esconde-esconde. Além disso, outro aspecto importante opera em relação a uma missão que o histérico se dá: a de alimentar o desejo do Outro (mecanismo distinto do obsessivo que procura silenciá-lo).