O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.
Segundo os pesquisadores Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino em sua obra A Ciência Encantada das Macumbas, Ifá nos ensina que “Exu é aquele que fuma o cachimbo e toca a flauta. Ele fuma o cachimbo como metáfora da absorção das oferendas e toca a flauta como restituição do axé, a energia vital”.
As velas para Pombagiras e Exús podem ser toda vermelha, toda preta, bicolor preta e vermelha ou toda branca. As Pombagiras preferem cigarros de filtro branco ou cigarrilhas, já os Exús gostam mais de cigarros de filtro amarelo, cigarrilhas fortes e charutos.
O fumo auxilia o trabalho no das entidades e espíritos superiores que orientam os trabalhos, a energia presente na própria natureza através dos elementos naturais, bem como o ectoplasma retirado dos médiuns durante os trabalhos mediúnicos, possibilitando a cura do consulente necessitado de ajuda.
Sua vida era viver à noite, a alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos. Bebem de tudo, da cachaça ao uísque, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto.
Os índios acreditavam que a fumaça tinha poderes mágicos e terapêuticos, além de dar ao líder espiritual da tribo, o poder de adivinhar o futuro. Com o período dos grandes descobrimentos e a colonização européia na África e na Ásia, o tabaco se difundiu por todos os continentes.
Axé significa "força, poder" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - "Eu estou muito bem." Outro responde: -"Axé!" Esse "axé" aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").
"Laroyê, Exu", que também pode ser escrito como "Laroiê, Exu", é uma expressão usada como saudação à entidade Exu. Ela pode ser traduzida como "Salve, mensageiro", com uso sendo comum em rituais do Candomblé e da Umbanda.
Ele é capaz de amenizar o efeito causado por espíritos perturbadores e obsessores, trazendo paz e equilíbrio novamente às pessoas que solicitam sua ajuda. Gosta de um bom whisky, bebe cerveja, gosta de fumar bons charutos, seu assentamento é sempre cheio de muito ferro, mais do que o normal, devido a ligação com a rua.
O Espiritismo analisa o tabagismo como um “inimigo” do ser humano que precisa ser “eliminado”. Sendo um gerador de doenças e de dependências, merece do Espiritismo uma batalha sem trégua. Contudo, ele atuará sem violentação de consciências, somente ajudando, com sua terapia, a quem quiser ser ajudado.
Orixá Exu tem sua imagem desmistificada como ser do mal e assustador. Considerado por muitos como um ser “assustador”, o orixá Exu, cultuado nas religiões de matrizes africanas, está fortemente ligado ao negro brasileiro e a sua história.
O Tranca Rua(s) é uma falange/agrupamento de exus, as entidades espirituais presentes na Umbanda e Quimbanda. É considerado responsável pela limpeza astral dos caminhos do mundo, representado pelas cores branco, preto e vermelho, podendo também ser azul ou roxo.
Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de obras boas. No catimbó, é considerado um "mestre juremeiro". Já na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do Povo da Malandragem.
**Purificação do ambiente**: A fumaça do tabaco é vista como um meio de purificar o ambiente e as energias ao redor, afastando espíritos obsessores e energias negativas.
Se quiser, ofereça algo simples, como um cigarro de palha ou um cigarro normal, prato de comida, que pode ser algum petisco como salames, enroladinho de queijo com presunto, azeitonas, como forma de respeito.
Usam também como elementos de trabalho o fumo e a bebida que respectivamente podem ser o cigarro de palha ou charuto, cerveja clara, vinho doce, suco de frutas, água mineral, entre outros. Como alimento ritualístico podem usar milho verde, abóbora, moranga, batata doce, mandioca, sementes em geral e frutas.
Durante as cerimônias, os médiuns ou pais de santo acendem o charuto e oferecem o fumo a Exu, invocando sua presença e bênçãos. O aroma e a fumaça do charuto são elementos essenciais que ajudam a criar um ambiente propício para a manifestação espiritual.