No Brasil, pessoas reconhecidas como apátridas são protegidas pela Lei de Migração de 2017, o que dá direito a viver no país como outros migrantes regularizados, inclusive podem tirar documentos e trabalhar.
Os refugiados devem usufruir, pelo menos, dos mesmos direitos e da mesma assistência básica que qualquer outro estrangeiro residindo legalmente no país, incluindo liberdade de expressão e de movimento, e proteção contra tortura e tratamento degrante.
Qual o tratamento dado aos apátridas pela legislação brasileira?
Os Estados-Contratantes concederão aos apátridas que se encontrem nos seus territórios um tratamento pelo menos tão favorável como o concedido aos nacionais no que se refere à liberdade de praticar a sua religião e à liberdade de educação religiosa dos seus filhos.
A apatridia ocorre por várias razões, como discriminação contra minorias na legislação nacional, falha em reconhecer todos os residentes do país como cidadãos quando este país se torna independente (secessão de Estados) e conflitos de leis entre países.
Os 16 apátridas reconhecidos pelo Brasil são originários dos seguintes países: Síria (2), Egito (2), China, Polônia, Kuwait, Suriname, Alemanha, Paraguai, Palestina, Líbano (4) e Japão.
O que acontece se eu renunciar à cidadania brasileira?
Uma vez perdida a nacionalidade brasileira, passava a ser tratado como um estrangeiro no Brasil, perdendo inúmeros direitos, como por exemplo, de permanecer no país por mais de 90 dias, sem autorização, mesmo tendo nascido no Brasil.
A Convenção de 1954 garante aos apátridas o direito à assistência administrativa (Artigo 25), o direito à carteira de identidade e aos documentos de viagem (Arti- gos 27 e 28) e os isenta da reciprocidade dos requisitos (Artigo 7).
Como as pessoas apátridas não são cidadãs do país onde vivem (ou de qualquer outro país), elas frequentemente têm seus direitos básicos negados como emprego, habitação, educação, cuidados médicos e pensões.
Como uma pessoa que nasce no Brasil pode deixar de ser brasileiro?
Quem nasce no Brasil pode perder a cidadania brasileira? Segundo o artigo 12º da Constituição, brasileiros só podem perder a cidadania nacional se obtiverem cidadania em um país com o qual não tenham laços sanguíneos.
Apátrida é a “pessoa que não é considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro”.
Juridicamente, temos também uma outra situação, onde o apátrida é uma pessoa que não têm sua nacionalidade reconhecida por nenhum país, ainda que tenha um local de origem certo.
“O Brasil historicamente tem recebido refugiados de várias partes do mundo, também de crises que são muito distantes, muito longe do Brasil. Através do visto humanitário, o Brasil recebe milhares de refugiados da Síria, do Afeganistão, assim como também está recebendo refugiados da Ucrânia.”
Quanto tempo um refugiado pode ficar fora do Brasil?
Se você é solicitante de refúgio e tem que viajar ao exterior, deve comunicar ao CONARE sobre seus planos de viagem seguindo o passo-a-passo abaixo. Dentro de um ano, você só poderá permanecer fora do país até 90 dias. Se o limite de 90 dias for superado, a solicitação de refúgio será arquivada.
Os ciganos nômades são definidos como povos apátridas, e os efeitos dessa particularidade sempre foram seus maiores e mais graves problemas, considerando a dimensão do conceito de nação e soberania nacional, conju- gado aos direitos do homem desde o século XVIII pela Revolução Francesa, e patenteado com a eclosão da ...
O Brasil abriga 16 pessoas reconhecidas formalmente como apátridas, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública obtidos pelo G1. Desse total, sete estrangeiros obtiveram o reconhecimento somente entre janeiro e maio de 2020.
São milhões de pessoas que vivem sem direitos legais e serviços essenciais. De acordo com o Artigo 15 da Declaração Universal de Direitos Humanos (1948) “todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade”, entretanto, há uma lacuna, pois não é especificado a qual nacionalidade este indivíduo tem direito.
O processo de reconhecimento da condição de apátrida tem como objetivo verificar se o solicitante é considerado nacional pela legislação de algum Estado e deverá considerar as informações, documentos e declarações prestadas pelo próprio solicitante e por órgãos e organismos nacionais e internacionais.
Aos migrantes e refugiados que estejam no Brasil estão assegurados o exercício dos direitos sociais como educação, saúde, alimentação, moradia, transporte, trabalho, lazer, segurança, assistência e previdência social, proteção à maternidade e à infância e o respeito às especificidades culturais, sem discriminação em ...
Não restando comprovado ter ocorrido umas das hipóteses de exceção permitidas pela Constituição Federal, a perda da nacionalidade brasileira poderá ser decretada. Não se trata de processo automático, mas que pode vir a ser instaurado pelas autoridades do Ministério da Justiça.
Atualmente a Constituição Federal prevê a perda de nacionalidade brasileira em caso de aquisição de nova nacionalidade, com apenas duas exceções: se a lei do outro país reconhecer a nacionalidade originária ou se impuser a naturalização como condição para a permanência no país.
Os valores vão depender dos cartórios e assessorias. O preço do processo de nacionalidade para adultos custa a partir de R$ 1.415,66. Isso porque este é o preço para realizar o reconhecimento do nascimento apenas. A transcrição de casamento custa R$ 800 e a legalização de documentos, outros R$ 200.