A liberdade para Hannah Arendt não se refere à interioridade, desta forma, é na coletividade que a liberdade se constitui, ou seja, na sua prática e, assim, é no espaço da política que realmente somos e nos apresentamos.
Qual é a visão de Hannah Arendt sobre a relação entre liberdade e tirania?
Segundo Arendt, a liberdade em sentido específico, é política. Em outros termos, a liberdade enquanto relacionada com a política, não é um fenômeno da vontade, isto é, interno ao ser humano e relacionando-se apenas com ele.
A liberdade é entendida por Arendt como a manifestação do ser humano no espaço público, cujo aparecimento é mediado pela linguagem sem coação, na pluralidade, na singularidade, visando a ação.
Assim, segundo tal filósofo cristão, cada homem que nasce é um novo começo no mundo, e não do mundo, representando então a natalidade a possibilidade de surgimento do novo, o que leva Arendt a afirmar que a liberdade foi criada com o próprio homem, e por ser ele um início, é também o iniciador.
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O que a Hannah Arendt defende?
Educação sem política - Arendt defendia o conservadorismo na educação, mas não na política. Para ela, o campo político deveria se renovar constantemente, movido pelos objetivos da igualdade e da liberdade civil.
O conceito de liberdade política está intimamente ligado com os conceitos de liberdades civis e direitos humanos, que em sociedades democráticas são normalmente oferecidas a proteção legal do Estado.
A liberdade para Hannah Arendt não se refere à interioridade, desta forma, é na coletividade que a liberdade se constitui, ou seja, na sua prática e, assim, é no espaço da política que realmente somos e nos apresentamos.
Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão.
Em alguns momentos de sua obra, Arendt pode ser classificada como uma pensadora liberal, não por defender o liberalismo econômico, mas por defender um Estado que esteja lá para garantir os direitos e as liberdades individuais e que jamais permita que a cidadania e os Direitos Humanos sejam afrontados.
Qual é a visão de Hannah Arendt sobre a relação entre liberdade e pluralidade e como ela argumenta que a liberdade é preservada na esfera pública?
Nesse sentido, Arendt argumenta que a liberdade só é possível quando exercida na “companhia de outros homens que estivessem no mesmo estado, e também de um espaço público comum para encontrá-los (...), no qual cada homem livre poderia inserir-se por palavras e feitos” (ARENDT, 2009, p. 194).
Arendt defendia um conceito de "pluralismo" no âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão do Outro.
159-160). Para Arendt (1972, p. 144), “autoridade implica uma obediência na qual os homens retêm sua liberdade”, e de qualquer modo que se possa analisar esse conceito, ele nunca surgirá como uma criação grega.
O que Hannah Arendt afirma que os direitos humanos?
A experiência histórica dos displaced people levou Hannah Arendt a concluir que a cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direito dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o acesso a um espaço público comum.
Qual é então o fundamento da liberdade? É o nada, o indeterminismo absoluto. Agora entende-se melhor a má-fé: a tendência a ser termina sendo a negação da liberdade. Se o fundamento da consciência é o nada, nenhum ser consegue ser princípio de explicação do comportamento humano.
Por que a liberdade é um dos valores fundamentais da condição humana?
Resumo : A liberdade é um tema fundamental intrínseco á condição humana. Os seres humanos estão condenados á esta condição, não podendo escapar dela, a liberdade pesa-lhes como um fardo sobre sua existência.
Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência; autonomia.
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C) disse que “a liberdade é a capacidade de decidir-se a si mesmo para um determinado agir ou sua omissão”. Assim, liberdade é o princípio para escolher entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário.
Segundo Kant, a liberdade é a condição da lei moral e na sociedade o direito é tão ético quanto a moral, já que a moral garante a autonomia da razão. É a liberdade que ao realizar-se na moralidade e na legalidade é o alicerce do conceito de direito kantiano.
Quais são as afirmações sobre liberdade para Arendt?
A liberdade é entendida por Arendt como a manifestação do ser humano no espaço público, cujo aparecimento é mediado pela linguagem sem coação, na pluralidade, na singularidade, visando a ação.
A crítica de Arendt aos direitos humanos consiste em afirmar que os tais “direitos inalienáveis” nunca foram eficazes na proteção nem de apátridas, nem de refugiados. Com efeito, os direitos que defendemos como inalienáveis em nossa sociedade, demonstram não passar de uma retórica vazia em outras sociedades.
O que Hannah Arendt quis dizer com a frase cidadania e o direito de ter direitos?
A cidadania para Hannah Arendt era o direito que minimamente deveria ser conferido ao refugiado e apenas dessa forma é possível que se fale em liberdade. Ser cidadão, portanto, não se limita ao ato de participar da vida política de um país, podendo votar e ser votado.
A liberdade pode de fato aparecer em atos e palavras - singulares, mas preocupados com o mundo - e então os homens podem criar sua realidade. A pluralidade para Hannah Arendt, portanto, é constitutiva para o ser humano. A convivência entre iguais, dos quais cada um é singular, é o que dá sentido à vida humana.
Para Hobbes, do ponto de vista do direito civil e político, cabe somente ao soberano decidir e julgar. Assim, a liberdade é caracterizada como qualidade que se atribui à ação, e não à vontade, e que reside apenas naquelas coisas que, ao regular suas ações, o soberano permitiu (Hobbes, 1843, Leviathan, cap.
Direito que se confere ao povo de se governar por si mesmo, escolhendo livremente seus governantes e instituindo por sua vontade soberana os órgãos que devem exercitar a soberania nacional.