Para esses contaminantes, as plantas destinadas à fitorremediação devem possuir mecanismos que estimulem a microbiota do solo no processo de degradação do contaminante ou as próprias plantas realizam a degradação do contaminante através da produção de enzimas na rizosfera ou a degradação no interior de suas células.
O conceito de fitorremediação envolve o uso de plantas hiperacumuladoras de metais pesados para remoção de poluentes em solos ou água. Este é um método essencialmente 'verde' e que tem a vantagem de ser uma técnica de baixo custo para remediação do solo, sem agredir o ambiente (Robinson et al., 1998).
Existem dois modelos de técnicas de biorremediação que são: In situ: todo o tratamento do material contaminante é realizado no próprio local da origem. Ex situ: o material é tratado em lugar diferente, ou seja, ele é transportado para um local apropriado especialmente indicado para a recuperação.
Como é aplicada a fitorremediação em solos contaminados?
A fitorremediação está entre as principais metodologias atualmente disponíveis para a remediação de solos contaminados e consiste no uso de plantas para remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema, contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes no solo e na água.
Quais plantas podem ser usadas para fitorremediação?
Podendo ser utilizadas para a fitorremediação dessas áreas, plantas como Erva-sal (Atriplex nummularia), Alfafa (Medicago sativa), Leucena (Leucaena leucocephala), Milheto (Pennisetum americanum), Nim (Azadirachta indica) e Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) (SILVA et al., 2016; SOUZA et al., 2011).
Como um processo tecnológico, a biorremediação pode ser gerenciada para degradar ou converter poluentes químicos em estados inócuos ou reduzir seus níveis de concentração abaixo dos estabelecidos pelas autoridades regulatórias. De maneira geral, a biorremediação se aplica a solo ou água contaminados.
Qual é um exemplo comum de aplicação da fitorremediação?
APLICAÇÃO E MECANISMOS DE FITORREMEDIAÇÃO
A fitorremediação pode ser usada em solos contaminados com substâncias orgânicas ou inorgânicas, como metais pesados, elementos contaminantes, hidrocarbonetos de petróleo, agrotóxicos, explosivos, solventes clorados e subprodutos tóxicos da indústria (Cunningham et al., 1996).
No entanto, uma das estratégias mais elegantes e promissoras é o uso de plantas capazes de remover substâncias formadas a partir do mercúrio na natureza, em um processo chamado fitoextração. Na fitoextração são utilizadas plantas de crescimento rápido, que toleram altas concentrações de mercúrio.
Por utilizar organismos vivos e dependendo da técnica empregada, a biorremediação pode ser considerada lenta para realizar todo o processo de recuperação de uma área. Outra desvantagem está relacionada ao possível desequilíbrio ecológico da área.
Já as técnicas ex situ são aquelas em que o material contaminado é levado para outro local para tratamento. Pode ser o caso, por exemplo, da técnica de lavagem do solo (soil washing), utilizada normalmente em casos envolvendo solos com uma concentração muito alta de contaminantes.
A biorremediação pode ser realizada de duas formas: “in situ”, no local onde ocorreu a contaminação, ou “ex situ”, quando a porção contaminada do solo ou da água são levados para tratamento em outro lugar. Existem diversas maneiras de implementar a biorremediação nos processos agrícolas.
Quais são as principais técnicas da biorremediação?
A biorremediação in situ envolve a remoção de poluentes no próprio local de contaminação, sem a necessidade de remoção do solo. Isso pode ser alcançado por meio de técnicas como atenuação natural, bioestimulação, landfarming, fitorremediação e bioaumentação.
O princípio de atuação da fitorremediação é a capacidade de absorção das raízes das plantas. Além de absorver águas e nutrientes que as fazem crescer, algumas espécies são capazes de absorver do ambiente elementos poluentes, funcionando como filtros biológicos.
Apesar de ser uma técnica promissora, a fitorremediação também apresenta desafios. Um dos principais problemas é o tempo necessário para obter resultados. Como as plantas crescem lentamente, a descontaminação completa de uma área pode levar anos, dependendo da extensão e do tipo de poluente.
O que é a Biorremediação? A biorremediação é entendida como um processo que envolve degradação de produtos tóxicos, transformando-os em produtos não tóxicos. A remoção ou redução destes contaminantes tóxicos no ambiente pode ser entendida também como uma forma de biorremediação.
Qual a diferença entre biorremediação e biodegradação?
Autores. A biodegradação refere-se à transformação de moléculas xenobióticas por microrganismos e a biorremediação refere-se ao uso de microrganismos para desentoxicar áreas contaminadas.
Apesar dos benefícios, a biorremediação enfrenta desafios, como a seleção adequada de microrganismos e a adaptação a diferentes tipos de solo. Considerações éticas também surgem, especialmente em relação à manipulação genética de organismos.
Fitorremediação: como funciona a técnica para recuperação de áreas contaminadas. A fitorremediação consiste em uma técnica de remediação ambiental que utiliza plantas para remover, degradar ou neutralizar contaminantes presentes no solo, nas águas subterrânea, água superficiais ou sedimentos.
As espécies crotalária (Crotalaria juncea), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e mucuna-preta (Stizolobium aterrimum) mostraram maior efetividade na fitorremediação de contaminantes distintos, aparecendo como agente mitigador da contaminação do solo em 5 dos 21 compostos estudados.
Uma forma de utilizar a fitorremediação, é utilizar plantas como o água pé. O funcionamento é através de um pequeno lago, formado para receber o efluente que possui os contaminantes que se deseja remover.
Qual o primeiro passo para que o processo de biorremediação possa ocorrer?
O primeiro passo é caracterizar a natureza do contaminante, avaliar o composto que será usado, planejando qual melhor tipo de biorremediação a ser utilizado.
O processo de biorremediação é indicado para as fases dissolvidas e residuais de contaminantes. O pesquisador explica que nessas fases há maior eficácia, pois a alta concentração da fase livre pode ser tóxica até mesmo para os organismos.
1.2 O que é Biorremediação de solos? A biorremediação surgiu como uma tecnologia alternativa de remediação de locais impactados com poluentes orgânicos e se baseia na utilização de populações microbianas que possuem a habilidade de modificar ou decompor determinados poluentes.