É preciso considerar que não existe um tratamento de cura para a espasticidade: visa adequação do tônus às necessidades do paciente e deve estar inserido dentro de um programa de reabilitação, com foco na diminuição da incapacidade do indivíduo e na sua evolução funcional.
Os tratamentos cirúrgicos para a espasticidade mais comumente utilizados são divididos em neurocirúrgicos e ortopédicos. Os tratamentos neurocirúrgicos mais comuns são a rizotomia dorsal e, eventualmente, as mielotomias e cordotomias, além da estimulação da coluna dorsal da medula espinhal2,7,12,15.
As principais causas de espasticidade são acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla e paralisia cerebral. Danos cerebrais hipóxicos ou traumáticos e danos da medula espinhal são menos frequentes, mas podem levar à espasticidade particularmente grave.
Os medicamentos mais utilizados no tratamento da espasticidade são o baclofen, o diazepam, dantrolene, a clonidina, a tizanidina, a clorpromazina e também a morfina.
Espasticidade não tem cura, mas pode ser tratada. O tratamento pode incluir medicamentos, fisioterapia, injeções de Botox, e, em alguns casos, cirurgia para ajudar a melhorar a mobilidade e reduzir a dor.
ESPASTICIDADE: Entenda como acontece - Rogério Souza
Quem tem espasticidade pode andar?
A espasticidade às vezes pode ser útil. Por exemplo, se suas pernas estão fracas, um certo grau de rigidez nas pernas pode ajudá-lo a andar ou a se deslocar de uma cama para outra.
As complicações sistêmicas no pós-operatório de neurocirurgias eletivas incluem náuseas e vômitos, 15 hipotensão, desconforto respiratório 1 e infecção do sítio cirúrgico. Em cirurgias não eletivas, também estão presentes dor 17 e infecções nosocomiais.
A espasticidade relacionada à EM pode variar de rigidez leve a espasmos musculares dolorosos. O alongamento é uma das melhores maneiras de gerenciá-lo.
Indicação. O baclofeno é usado para reduzir e aliviar a rigidez excessiva e/ou espasmos nos músculos que podem ocorrer em várias condições tais como a esclerose múltipla, doenças ou lesões na medula óssea, e certas doenças cerebrais.
Inclusive o grau da espasticidade pode ser medido por meio da Escala Modificada Ashworth. Paciente com o nível 1 apresenta leves contrações. Já o nível 2 demonstra um ligeiro aumento na contração, juntamente com resistência a certos movimentos.
➡️Prática de esportes: natação, dança e ginástica podem ser benéficas para melhorar o tônus muscular e a coordenação motora. É importante adaptar as atividades de acordo com as necessidades e habilidades da criança, sempre com a supervisão de profissionais especializados.
Tratamento de paralisia cerebral. A paralisia cerebral não tem cura e seus problemas duram toda a vida. No entanto, os sintomas da paralisia cerebral podem ser tratados e muito pode ser feito para melhorar a mobilidade e a independência da criança.
Deve-se também considerar o quanto a espasticidade interfere na funcionalidade e realização de atividades cotidianas. Em situações excepcionais, a critério médico, a confirmação dos grupos musculares espásticos pode ser feita por meio de eletromiografia, eletroestimulação ou ultrassonografia.
Tratamento. É preciso considerar que não existe um tratamento de cura para a espasticidade: visa adequação do tônus às necessidades do paciente e deve estar inserido dentro de um programa de reabilitação, com foco na diminuição da incapacidade do indivíduo e na sua evolução funcional.
Várias são as técnicas que auxiliam o fisioterapeuta na modulação do tônus patológico, entre elas estão a mobilização passiva, os alongamentos, a transferência de peso, a tomada de peso (ou pressão inibidora) e a co-contração (ou co-ativação).
A espasticidade muscular resulta de uma lesão no sistema nervoso central e cursa com o aumento de um reflexo num músculo ou grupo(s) muscular(es) por perda do controlo central que é feito pelo cérebro.
A ação da toxina no tratamento de condições neurológicas ocorre na junção neuromuscular, promovendo o relaxamento dos músculos rígidos, responsáveis por causar dor e limitações aos pacientes.
A toxina botulínica atua bloqueando a liberação de acetilcolina no terminal pré-sináptico através da desativação das proteínas de fusão, impedindo que a acetilcolina seja lançada na fenda sináptica e, dessa maneira, não permitindo a despolarização do terminal pós-sináptico e bloqueando, assim, a contração muscular3,5,6 ...
Procedimentos de menor porte, que não requerem internação, podem apresentar custos em torno de R$30.000. Por outro lado, em geral, as neurocirurgias particulares ( que envolvam internação em uti) podem chegar a cifras de dezenas de milhares de reais. Em alguns casos, o valor ultrapassa a marca de R$100.000.
Quanto tempo leva para cicatrizar uma cirurgia no cérebro?
A recuperação pode levar de seis meses a vários anos, mas a reabilitação pode acelerar a recuperação e torná-la mais completa. O tecido cerebral, que é destruído, não pode recuperar sua função, mas outras partes do cérebro podem aprender a assumir algumas tarefas da área destruída.
As complicações neurológicas incluem diminuição do nível de consciência, vasoespasmo, convulsões, hipertensão intracraniana, déficits motores, entre outros. Já as complicações sistêmicas incluem náuseas e vômitos, hipotensão, desconforto respiratório e infecção do sítio cirúrgico, dor e infecções nosocomiais.